Mais de 20 empresários de abate e extração de madeiras marcaram presença numa reunião com o executivo camarário de Cantanhede tendo em vista a criação de parques provisórios de armazenamento de madeira para utilização dos agentes económicos do setor.
A iniciativa contou com a presença de presidente da autarquia, Helena Teodósio, e do vereador com pelouro da Proteção Civil, Adérito Machado, bem como de Hugo Oliveira, Comandante Operacional Municipal e de Rui Cardoso, representante do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana.
A líder do executivo camarário falou da “necessidade de haver cooperação entre todos os agentes do setor no sentido de serem criadas condições para melhorar as condições em que se desenvolvem a sua atividade, de modo a prevenir os riscos amplamente conhecidos da fileira florestal”. Nesse sentido, a Câmara Municipal de Cantanhede perspetiva a criação de parques que possam acolher madeira de forma provisória, os quais podem ser utilizados de forma gratuita por um período de 10 dias, bastando para isso comunicarem previamente essa intenção ao Serviço Municipal de Proteção Civil.
A este respeito, Helena Teodósio referiu que “esta é uma ação que certamente irá contribuir para a prevenção dos incêndios florestais, mas que também terá com certeza um impacto positivo ao nível da preservação das condições de circulação nos caminhos vicinais. A criação dos depósitos provisórios de madeira poderá diminuir o índice de utilização desses caminhos, o que representa um benefício importante para as comunidades locais”, sublinhou.
Por seu lado, Adérito Machado lembrou que “esta cooperação entre Município de Cantanhede e os madeireiros é muito importante para as partes envolvidas, porque ao facilitar-se o trabalho aos madeireiros, disponibilizando-lhes espaços para depósito de carregamento de madeiras e sobrantes, se reforçam as questões de segurança”. O vereador da Proteção Civil apontou as regras de segurança e a prevenção como prioritárias realçando que “ao retirarem madeira e sobrantes do interior do pinhal, vai reduzir consideravelmente o combustível vegetal, e consequentemente, o risco de incêndio”.
Adérito Machado fez “um apelo à sensibilidade dos agentes do setor, para, dentro do possível, cooperarem com a população, para que os prazos estabelecidos sejam cumpridos. É muito importante que sejam retiradas o máximo de árvores e feito um desbaste das matas, com especial incidência nas zonas envolventes às habitações, para que no final do verão todos possamos afirmar que valeu a pena o esforço conjunto”, concluiu.