O Município de Cantanhede está a proceder à limpeza e desobstrução dos leitos e das margens de um vasto conjunto de cursos naturais de drenagem hídrica no perímetro urbano da cidade. Ascendendo a mais de 26 mil euros, a operação estende-se por cerca de 8,5 Km dos principais cursos de água, de modo a criar condições que permitam a vazão dos caudais, tendo ainda como objetivo promover a saúde pública e facilitar o acesso e a fruição dos espaços ribeirinhos.
Nesse sentido, os trabalhos contemplam a retirada da vegetação invasora, de árvores caídas e de todo o tipo de detritos que possam criar obstáculos ao normal curso das águas e/ ou reduzir a sua capacidade de escoamento, assim como a remoção de sedimentos e outro material dos leitos, incluindo a sua redefinição, sempre que tal se justifique. A empreitada prevê ainda a limpeza das secções de vazão das passagens hidráulicas e pontões e a criação de pequenos açudes para armazenamento de água e reabilitação de condições biofísicas. Serão preservadas as plantas que tenham interesse ou estejam protegidas por lei, assim como a reposição e reabilitação da galeria ripícola, de forma a manter a sua estrutura e o seu papel de proteção das margens.
Do plano de intervenções fazem parte as valas da Varziela, dos Fujacos e do Juncal e afluente, estando também prevista a desobstrução das secções de vazão e pontões existentes na Urbanização de Vila D’Alva, sob a “antiga” linha férrea, Rua Dr. Sá Carneiro, Rua 1º de Maio, travessia do loteamento da Pintora, Rua da Pintora, EN 335, Rua João de Ruão, “COBAI” e Adega Cooperativa de Cantanhede, Travessa da Rua Nossa Senhora de Vagos, Rua Nossa Senhora de Vagos e Variante Ponte de Cantanhede.
Esta operação surge na sequência de outras já realizadas no concelho, uma das quais no âmbito de um plano executado pelo Regimento de Engenharia n.º 3, sedeado em Espinho, nos termos de um protocolo celebrado com o Município de Cantanhede, no âmbito do qual foram desobstruídas e limpas algumas das principais valas e ribeiros do concelho, num total de quase 30 Km de extensão. Posteriormente foram ainda realizadas “Intervenções Urgentes de Regularização Fluvial nas Áreas Afetadas pelos Incêndios Florestais”, estas ao abrigo de um protocolo com a Agência Portuguesa do Ambiente – APA.
Nos termos da legislação em vigor, a limpeza e desobstrução das linhas de água em contexto urbano é da responsabilidade dos municípios, enquanto nos terrenos confinantes com valas e ribeiros em zonas agrícolas e florestais cabe aos respetivos proprietários assegurar essas operações.
Entretanto, a Câmara Municipal está a fazer um levantamento das valas hidráulicas que eventualmente necessitem de intervenção de modo a desencadear os mecanismos necessários para resolver as situações.