Câmara de Cantanhede lança Nota de Pesar pelo falecimento de Carlos Garcia

12.8.2024 –

“O Município de Cantanhede partilha o sentimento de enorme consternação pelo falecimento de Carlos Garcia, empresário, dirigente associativo, escritor e um acérrimo defensor e promotor dos costumes e tradições locais.

Carlos de Jesus Garcia nasceu em 1932, em Cantanhede, onde residia. Desde os 12 anos até à reforma, aos 68 anos, exerceu a profissão de carpinteiro/marceneiro, tendo-se distinguido como empresário nessa área.

Carlos Garcia nunca desistiu de seguir os seus intentos – transmitir os seus conhecimentos, fruto das vivências pessoais e da experiência, através da escrita.

Desde muito jovem participou ativamente na vida social, cultural e associativa do concelho, integrando diversas coletividades, designadamente a Secção de Teatro da Sociedade Columbófila Cantanhedense, a direção do Clube de Futebol “Os Marialvas” e o Rancho Regional “Os Esticadinhos” de Cantanhede. Protagonizou diversas atividades e ações de cariz religiosas, como a participação em programas de rádio.

Foi também o promotor, zeloso criador e dinamizador do Museu Rural e Etnográfico de Cantanhede, bem como em diversas manifestações de tradições culturais como os corsos de Carnaval, o Cortejo de S. Tiago e as Marchas Populares.

Era uma pessoa consensual em relação àquilo que melhor o caracterizava: o humanismo, a cortesia, o respeito pelos outros, o imenso saber, a extraordinária dedicação à comunidade, a postura serena, mas determinada com que defendia as causas em que acreditava”, recorda a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, que destaca “um percurso a vários títulos exemplar, marcado por um imenso respeito pelas raízes e por uma assinalável capacidade de reconstruir einterpretar alguns dos fatores da identidade local”.

A escrita foi outros dos traços marcantes do percurso de vida de Carlos Garcia. Foi autor de Manta de Retalhos, seu primeiro livro, autobiográfico (2005); de Cantanhede: Memórias para o futuro (2006); de Rancho Regional “Os Esticadinhos” de Cantanhede – 75 Anos ao serviço da cultura (2010), de Caminhos da vida – histórias da vida real (2013), de Os Empecilhos (2023), sobre a terceira idade, com pequenas histórias que relatam vivências de famílias, nas quais o autor evidenciava casos de solidão e abandono familiar dos elementos mais velhos, e terminou com a edição do livro Carlotinha (2024), dedicado a Maria Carlota de Magalhães Pessoa Jorge, da Pocariça.”