A análise da cooperação institucional entre o Município de Cantanhede e a AEC – Associação Empresarial de Cantanhede foi o principal assunto da agenda da reunião da presidente da autarquia cantanhedense com Cristina Antunes, presidente da nova direção da entidade representativa das empresas do concelho.
O encontro foi marcado na sequência da tomada de posse dos novos órgãos sociais, no final do ano passado, e serviu para fazer um ponto da situação relativamente ao papel da AEC como interlocutora da Câmara Municipal em matérias que têm a ver com as ações de dinamização da base económica do concelho, um papel que aquela responsável “gostaria de levar mais longe” e que a presidente da edilidade cantanhedense manifestou “inteira disponibilidade para que seja aprofundado”, até porque reconhece à associação “o estatuto de parceira do município na implementação das medidas de fomento económico”.
Uma das questões abordadas foi o Fundo Municipal de Emergência de Apoio Empresarial criado pelo Município de Cantanhede para mitigar o impacto da pandemia de Covid-19 na atividade dos agentes económicos. A presidente da AEC defende que “devia ser alterada a condicionante de só poderem recorrer as empresas que sofreram uma quebra de faturação igual ou superior a 33,3% relativamente ao período homólogo de 2019, alargando esse apoio às que baixaram em 25% ou mais o seu volume de negócios, pois para algumas, sobretudo para as mais pequenas, isso representa já uma enorme dificuldade”.
A este propósito, a presidente da Câmara Municipal explicou que “quando se tratou de definir critérios de admissão de candidaturas a opção foi considerar a percentagem de quebra de faturação que o Governo estabeleceu para comparticipar os custos com o layoff provocado pela pandemia”, mas manifestou abertura para “analisar a dotação do fundo e equacionar a possibilidade de outras empresas poderem beneficiar do apoio, bem como da redução das despesas com o consumo de água, a descarga de águas residuais e a produção de resíduos urbanos também adotada no âmbito das medidas destinadas a mitigar o impacto da crise sanitária”.
Noutra vertente, a autarquia está empenhada em atender o mais rapidamente possível ao pedido da AEC para que seja criado em Cantanhede um parque de estacionamento de veículos pesados com algum equipamento de apoio aos condutores, de modo a melhorar as condições para a realização das operações logísticas e de transporte de mercadorias que envolvam empresas do concelho. Entretanto, o executivo camarário já indicou um terreno para esse efeito nas imediações da Zona Industrial de Cantanhede, tendo a presidente da AEC ficado de dar o parecer da associação logo que o assunto seja discutido na direção.
Também analisada foi a aplicação da Derrama, sobre a qual a presidente da Câmara Municipal lembrou que as empresas com faturação inferior a 150 mil euros estão isentas, além de que o valor apurado por essa via se destina, exclusivamente, à valorização das zonas industriais do concelho.
Outro dos compromissos estabelecidos entre Helena Teodósio e Cristina Antunes foi o reforço da cooperação entre as entidades que representam, o que deverá passar também por uma maior regularidade da comunicação, nos dois sentidos, relativamente a questões que interessam a ambas.