Câmara de Cantanhede aprovou voto de pesar pelo falecimento de Mário Miranda de Almeida

A Câmara Municipal de Cantanhede aprovou, por unanimidade, um voto de pesar pelo falecimento de Mário Miranda de Almeida, assinalando o facto de esta “ocorrência inesperada ter causado um sentimento generalizado de consternação em todos quantos conhecem a vida e obra de um empresário que construiu um legado empresarial de manifesta relevância económica e social para o Município de Cantanhede”.

A proposta apresentada pela presidente da autarquia, Helena Teodósio, na última reunião camarária, assinala a importância “das empresas criadas por Mário Miranda de Almeida, nomeadamente a Orima, que é desde há várias décadas uma referência do sector de atividade em que opera, fruto do espírito de iniciativa, da perseverança e da
capacidade de liderança do seu fundador, tendo conquistado um estatuto de prestígio e uma posição de relevo como uma das maiores empresas do país num sector de atividade particularmente competitivo como é o da grande distribuição de eletrodomésticos”.

Por outro lado, é enfatizado “o forte envolvimento do empresário na dinamização da atividade cultural, social e desportiva do concelho de Cantanhede, quer enquanto membro dos órgãos dirigentes de diversas instituições locais e regionais, quer consolidando na Orima uma cultura de responsabilidade social de referência, particularmente no apoio a atividades de índole sociocultural e no patrocínio a equipas desportivas em diversas modalidades”.

Mário Miranda de Almeida nasceu no Corticeiro de Cima em 5 de Janeiro de 1945, tendo iniciado a sua atividade empresarial em 1970, depois de terminado o serviço militar, ao mesmo tempo que se envolveu ativamente na vida coletiva da sua comunidade e do concelho com uma intervenção que veio a ter também assinalável expressão política. Neste âmbito, fez parte da primeira Assembleia Municipal de Cantanhede constituída depois do 25 de Abril de 1974, experiência que repetiu em sucessivos mandatos, de 1984 a 2016, e foi o grande mentor e dinamizador da criação
da Freguesia de Corticeiro de Cima, o que viria a acontecer em 4 de outubro de 1985.

Na sequência desse processo, foi o primeiro presidente da Junta de Freguesia, de 1986 a 1990, cargo para o qual foi reeleito nos mandatos de 1990 a 1994, de 1994 a 1998 e de 1998 a 2001, após o que circunscreveu a sua intervenção política à Assembleia Municipal, onde permaneceu até Dezembro de 2016.

No voto de pesar é invocado “o exemplo de vida de Mário Miranda de Almeida, o seu desempenho como autarca e o valor inestimável dos benefícios da sua atividade empresarial no concelho e a enorme perda que a sua morte representa para a comunidade que serviu em vários domínios”.