Câmara de Cantanhede aprovou orçamento de 41,4 milhões de euros

Ascende a 41.406.407 euros o valor do Orçamento que a Câmara Municipal de Cantanhede se propõe executar em 2022, conforme consta na proposta aprovada na reunião camarária de 3 de dezembro, com cinco votos a favor e duas abstenções. Assinalando o início de um novo mandato autárquico, o documento irá agora ser submetido à votação da Assembleia Municipal, no plenário do próximo dia 16, acompanhado das Grandes Opções do Plano.

No texto introdutório, a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, refere que a proposta orçamental “procura dar resposta a um desafio e a uma inevitabilidade”. Para a autarca, “o desafio reside no incremento de candidaturas para aproveitar as oportunidades de financiamento que se abrem ainda ao abrigo do Portugal 2020, e depois no âmbito do Portugal 20/30 e do Plano de Recuperação e Resiliência, tirando o melhor partido possível da experiência e do know-how dos serviços camarários na elaboração de candidaturas para obtenção de apoio da União Europeia”.

A este propósito, a líder do executivo camarário cantanhedense enfatiza a grande ambição subjacente ao orçamento, nomeadamente no “valor proposto para as despesas de capital, que é 50,83% superior ao de 2021, traduzindo uma forte aposta no investimento”.

Quanto à inevitabilidade, Helena Teodósio aponta a subida dos encargos relativos às novas competências que o Município vai ter de assumir por transferência da Administração Central, “o que em grande medida explica o crescimento da despesa corrente prevista de 23,16%, face ao ano anterior, sobretudo pelo inevitável crescimento da verba destinada ao pagamento de salários dos funcionários que transitam para a esfera da autarquia”.

Em todo o caso, a despesa de capital proposta é mais do dobro da corrente, de modo a acomodar “o pagamento de grandes obras em curso ou já adjudicadas e que reflete também o propósito de avançar com investimentos estruturantes em várias áreas. Sobre o setor da Educação, a autarca destaca “as intervenções de fundo na Escola Secundária e na EB 2,3 Marquês de Marialva, ambas propriedade do Estado Central, mas cuja requalificação a Câmara Municipal decidiu assumir, suportando o montante da comparticipação nacional do investimento, estando já a trabalhar no sentido de fazer o mesmo relativamente às EB 2,3 de Febres e da Tocha, não obstante também estas serem igualmente tuteladas pelo Ministério da Educação”.

Segundo a autarca, o crescimento significativo da despesa de capital tem muito a ver com os custos da “requalificação da rede viária no âmbito de um programa que ascende a mais de oito milhões de euros, valor a que acrescem 2,5 milhões de euros destinados à construção do novo troço de estrada entre a rotunda da EN 109, a norte da Tocha, e as Berlengas, na zona de acesso à Zona Industrial da Tocha. O traçado desta via corresponde à terceira fase da Via Regional Cantanhede/Tocha, para assegurar rápida ligação viária àquele núcleo empresarial que se encontra em franco crescimento”.

A presidente da autarquia cantanhedense salienta ainda o forte investimento na valorização da base económica, através da ampliação das zonas industriais e da dinamização dos fatores que favorecem a instalação de empresas, bem como no reforço da coesão territorial, quer em infraestruturas e equipamentos coletivos, quer no domínio do ordenamento do território, sem esquecer as importantes obras e intervenções a realizar no âmbito de parcerias com as Juntas de Freguesia”.