Se dúvidas havia sobre a capacidade de Bryan Adams em reunir tanto em tão pouco, ficaram dissipadas no concerto que o canadense deu em Gondomar, na noite desta terça-feira.
Em 150 minutos, Bryan Adams despachou o assunto. “Concertão” era a palavra de ordem à saída do pavilhão multiusos de Gondomar.
Concertão porque tocou tudo. Gondomar ficou em êxtase. Correu “Run to You”, passou por “It”s only Love”, “Somebody”, “This time”, “Have You ever Really Loved a Women”, “Cuts Like a Knkife” ou “Summer of 69”, e acabou em “All for Love”. Trocou a ordem das músicas em relação ao concerto do dia anterior no Meo Arena e Gondomar gostou. Porto, aliás. Pois foi assim que o rockeiro romântico se dirigiu ao público.
O momento alto da noite (quase nem era preciso ir ao concerto para adivinhar) foi “Heaven”. Debaixo de luzes brancas que invadiram o pavilhão, o público cantou de cor a balada mais conhecida de Bryan Adams. Estava-se no paraíso. Viram-se beijos enamorados, apaixonados a abraçaram-se, telemóveis no ar, isqueiros amiúde. Era aquela a altura certa para o pedido de casamento, mas não houve nenhum que o cantor e guitarrista se tivesse apercebido.
Não satisfeito, pediu meças a “uma mulher suficientemente selvagem para dançar”, desafiou. Ela apareceu. Foi a Sílvia, desconhecida na bancada saltitante, de top branco e calça preta, disponível para dançar “If Ya Wanna Be Bad Ya Gotta Be Good” nos dois ecrãs do multiusos de Gondomar. Não foi fotografada pois a organização apenas permitiu a recolha de imagens na primeira música. E de lado.
Enquanto isso, Bryan Adams de blazer preto e camisa apertada quanto baste dava asas à perna esquerda a puxar pela banda. Foi esta, aliás, uma das diferenças entre o concerto de Gondomar e o de Lisboa. Bryan estava elétrico, roqueiro, porém romântico como sempre. Não esqueceu “I do It for You””, com a repetição do romantismo visto em “Heaven”, e lembrou que sabe falar português com expressões como “desculpa”, “obrigado” e “não sei falar português”. Génio, portanto, que valeu o bilhete e as filas de espera para chegar ao pavilhão gondomarense.
Fonte e Foto: JN