A autoestrada A14, que liga Coimbra à Figueira da Foz, reabre na totalidade até ao final de maio, disse, esta segunda-feira, o diretor de comunicação da concessionária Brisa, Franco Caruso.
A A14 está interdita ao trânsito automóvel desde o dia 02 de abril, há precisamente um mês, na zona de Maiorca, Figueira da Foz, na sequência do aluimento do piso.
Este prazo de final de maio, a concretizar-se, estende por uma semana a data inicialmente prevista pela Brisa, que anunciou seis a sete semanas de obra logo após o incidente.
“Há um mês [aquando do aluimento], falámos de seis a sete semanas [de obra]. Neste momento, podemos dizer que teremos as obras concluídas na A14 no final do mês de maio. Continuamos a trabalhar para estar dentro das sete semanas, mas estamos aqui a considerar, eventualmente, mais uma semana de trabalhos”, disse aos jornalistas Franco Caruso.
Em declarações à margem de uma visita às obras, o responsável explicou que as intervenções na A14 estão a realizar-se na zona do aluimento, mas também numa outra passagem hidráulica, a dois quilómetros daquele local, junto à ponte militar que, entretanto, foi instalada para permitir o trânsito.
A intervenção na zona do rio Foja, onde se deu o colapso da autoestrada, passou por substituir os dois tubos metálicos danificados por três passagens hidráulicas em betão. Os restantes dois tubos, que ficaram intactos, foram reconstruídos e estão a ser revestidos por um enrocamento de pedra e betão, constatou a Lusa no local.
A outra intervenção, na zona da Vala Real – junto à ponte militar instalada há cerca de 15 dias para permitir a passagem do trânsito da A14 para a EN 111 – passa também pela reconstrução de quatro tubagens de uma passagem hidráulica idêntica à que colapsou dois quilómetros a poente, na direção da Figueira da Foz, com aplicação de betão.
“Quer no local onde ocorreu a derrocada, quer no outro local onde também já tínhamos previsto intervir, vamos ter esses trabalhos concluídos, incluindo a repavimentação, no final do mês de maio”, reafirmou Franco Caruso.
“Temos conseguido trabalhar com a cadência que tínhamos planeado, tivemos alguma demora no início porque com a derrocada reavaliámos o projeto que tínhamos previsto prévio à derrocada”, adiantou.
Franco Caruso disse ainda que a substituição das duas tubagens que colapsaram por três galerias em betão destina-se a garantir um “bom caudal” no atravessamento do rio Foja e que os dois tubos restantes foram usados “como invólucro para uma estrutura completamente nova em betão”.
Fonte: jn