As 12 escolas de hotelaria de todo o país vão confecionar bolos-reis para angariar fundos, numa iniciativa de solidariedade social do Turismo de Portugal a que chamaram “O melhor bolo-rei do Mundo”.
Na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, o objetivo passa por fazer 300 bolos no próximo mês, de 2500 que serão feitos a nível nacional.
O grupo, entre alunos e formadores, já está na cozinha da escola desde 2 de dezembro. “Está a ser uma experiência cansativa, mas divertida. Estamos a aprender uma coisa nova, a confecionar um doce típico”, conta Soraia Ferreira, aluna do curso de Gestão e Produção de Cozinha na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra. Raquel Machado, da mesma turma, sente-se satisfeita por poder contribuir para uma causa solidária.
Receita original
Em Coimbra, serão feitos dois tipos de bolo-rei: um de 800 gramas, que estará à venda por oito euros, e outro de um quilograma, que será vendido por 12 euros. “As instituições beneficiárias são a delegação do Centro da Liga Portuguesa contra o Cancro e a Comunidade Juvenil de São Francisco de Assis. Os primeiros vão receber bolos-reis para os trabalhadores e famílias desprotegidas que acompanham, os segundos beneficiam das receitas das vendas que forem feitas até 6 de janeiro”, conta ao JN o coordenador técnico da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, José Luís Marques. A receita é comum a todas as escolas de hotelaria, sendo da autoria do chefe Inácio Berlinda, da Escola de Lisboa.
Segundo David Gomes, chefe de cozinha e formador da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, a receita é original e envolve sobretudo produtos nacionais. “Há sete tipos de álcool, sendo que o único que não é de origem portuguesa é o Tríplice Seco”, afirma, completando que há também sete tipos de frutos.
“Há uma certa simbologia com o número sete”, brinca.
Para esta receita, acrescenta David Gomes, foi também integrado um elemento novo, no caso, os fios de ovos.
“Mesmo o torrão de açúcar tem uma preparação mais antiga, com a mistura de açúcar com açúcar em pó e um pouco de água”, descreve. Cada bolo demora cerca de oito horas a ser confecionado.
Fonte JN