AVISO À POPULAÇÃO: PRECIPITAÇÃO, NEVE, VENTO e AGITAÇÃO MARÍTIMA

  1. SITUAÇÃO

No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) realizado ontem, 13 de Março, pelo Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), prevê-se, para hoje, 14 de Março de 2018, o agravamento das condições meteorológicas, com ocorrência de precipitação, intensificação do vento, queda de neve e agitação marítima (em toda a orla costeira):

  • Prevê-se a ocorrência de precipitação, vento forte (ao longo do dia) e queda de neve a partir da cota dos 1800 metros, diminuindo (a partir da tarde) para a cota dos 1000 metros, nas regiões Centro e Norte.
  • A precipitação acumulada poderá atingir 30 mm entre as 00:00 e as 12:00 e 40 mm nas 12 horas seguintes, especialmente a Norte do Tejo.
  • O vento pode atingir rajadas máximas de 100 km/h, podendo ser pontualmente superior nas zonas mais expostas e/ou elevadas.
  • Espera-se agitação marítima forte, estando previsto que, a partir das 15:00, as ondas sejam de oeste/noroeste e atinjam uma altura de 4 a 5 metros (em toda a costa), situação que se poderá prolongar até à manhã do dia 16 de Março (sexta-feira).

  1. EFEITOS EXPECTÁVEIS

Face à situação descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:

  • Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;
  • Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, devido a acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
  • Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas mais vulneráveis;
  • Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
  • Danos em estruturas montadas ou suspensas;
  • Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais mais vulneráveis;
  • Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
  • Possíveis acidentes na orla costeira;
  • Fenómenos geomorfológicos originados por instabilidade de vertentes devido à perda da consistência por saturação dos solos em água;
  • Obstrução de vias de circulação por queda de árvores, deslizamento ou desabamento de terras, pedras ou outras estruturas;
  1. MEDIDAS PREVENTIVAS

A ANPC recorda a necessidade de serem adotados comportamentos adequados, designadamente nas zonas mais vulneráveis, pelo que se divulgam as principais medidas de autoproteção para estas situações:

  • Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirar inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criarem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
  • Colocar correntes de neve nas viaturas sempre que se circular em áreas cobertas por neve e/ou gelo;
  • Evitar atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas e/ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • Garantir a adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto a áreas arborizadas, mantendo atenção à possibilidade de queda de ramos e árvores em virtude de vento forte;
  • Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
  • Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
  • Evitar a circulação e permanência nas terras altas onde as rajadas de vento sejam fortes ou muito fortes;
  • Manter-se atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.