O ator português Filipe Duarte morreu hoje aos 46 anos, em consequência de um enfarte, confirmou à agência Lusa fonte próxima da família.
De acordo com a mesma fonte, o ator morreu durante a madrugada, em casa, no concelho de Cascais.
A notícia e a causa da morte foram reveladas pela SIC, que tem atualmente em exibição a telenovela “Amor de mãe”, rodada no Brasil nos estúdios da Globo e na qual entra o ator.
Nascido em Angola em 1973, de onde saiu para Portugal ainda na infância, Filipe Duarte estudou teatro e foi em palco que se estreou, nos anos 1990, com a Companhia Teatral do Castelo e com o Teatro da Garagem.
No teatro, trabalhou com companhias como o Teatro Meridional e o Teatro do Vestido, mas foi sobretudo no cinema e em televisão que construiu a carreira.
Em televisão, Filipe Duarte fez ainda séries, telenovelas e participou em programas para a infância, deu a voz para publicidade, desenhos animados e videojogos.
“A febre do ouro negro” (2001), A Ferreirinha” (2004), “Equador” (2008) “e “Belmonte” (2013) são alguns dos projetos televisivos em que entrou.
No cinema, entrou em mais de trinta filmes, entre curtas-metragens, telefilmes e longas-metragens, entre comédia, drama e romance e trabalhou com, entre outros, Luís Filipe Rocha, António-Pedro Vasconcelos, Manuel Mozos, Margarida Cardoso, Tiago Guedes e Vítor Gonçalves.
Destaca-se o filme “A outra margem” (2007), de Luís Filipe Rocha, no qual interpreta o travesti amargurado com a vida e que lhe valeu o prémio de melhor ator no Festival de Cinema de Montreal, no Canadá.
É ainda de recordar a participação de Filipe Duarte em “A costa dos murmúrios” (2004), de Margarida Cardoso, e ao lado de Beatriz Batarda, rodado em Moçambique.
É nessa altura, de regresso a África já em adulto, que Filipe Duarte decide ter dupla nacionalidade, portuguesa e angolana.
As presenças mais recentes de Filipe Duarte no cinema deram-se com “Variações” (2019), no qual interpretou o fundador da discoteca Trumps, e “Mosquito” (2020), em que volta a interpreta um militar em África, durante a primeira Guerra Mundial.
O mais recente projeto no cinema seria “Nothing ever happened”, de Gonçalo Galvão Teles, ainda inédito.