Atleta solidária vence medalha que vale mais que a de ouro

A medalha Pierre Coubertin é uma distinção concedida pelo Comité Olímpico Internacional a atletas que demonstrem um elevado grau de desportivismo e espírito olímpico. Aconteceu no Rio 2016.

É um galardão ao alcance de todos, mas muito raramente é conquistada. No Rio de Janeiro, a atleta neozelandesa Nikki Hamblin conseguiu impressionar e vai entrar no restrito grupo de galardoados com a medalha Pierre Coubertin.

Mas recuemos um pouco no tempo… alguns dias apenas… para relembrar o que está aqui em causa.

Na passada quarta-feira, dia 17, demos-lhe conta, aqui, do episódio que aconteceu na prova feminina de 5000 metros: a corrida ia nos 3000 metros quando a neozelandesa Nikki Hamblin caiu depois de tropeçar e fez também cair a norte-americana Abbey D’Agostino. Estava Nikki Hamblin a levantar-se, mas pouco depois era Abbey a precisar de ajuda, quando o tornozelo cedeu. A neozelandesa não hesitou e desacelerou para ajudar a adversária. As duas terminaram a prova em último lugar e abraçaram-se na meta.

Agora, um dias antes da despedida dos Jogos Olímpicos, a história termina com a distinção de Nikki Hamblin, conta o jornal “The Telegraph“. O galardão, segundo o jornal, pretende coroar o gesto solidário, altruísta e de compaixão da atleta da Nova Zelândia.

O Comité Olímpico Internacional decidiu, por isso, atribuir-lhe a prestigiada medalha Pierre de Coubertin (fundador do COI), uma espécie de medalha de “fair play”, concedida apenas por 17 vezes, até agora.

“Ganhar esta medalha é algo fabuloso… esmagador”, afirmou Nikki Hamblin.

“Estou orgulhosa de que aquilo que fiz, e em que acredito, poder demonstrar que podemos ser competitivos, generosos e responsáveis em simultâneo”.

“Todos os atletas estão aqui para competir, mas nem toda a gente consegue, mas estes casos não deixam de ser importantes também. Esta foi uma dessas provas e que se tornou num dos momentos mais importantes da minha vida”

Fonte e Foto: TSF