PRECIPITAÇÃO, VENTO e AGITAÇÃO MARÍTIMA
- SITUAÇÃO
Situação Meteorológica:
No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), realizado ontem, 8 de novembro, pelo Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica apurada, prevê-se para as próximas horas um agravamento das condições meteorológicas, com um período mais crítico entre as 12h00 desta sexta-feira, dia 9 de novembro, e as 06h00 do dia 10 de novembro, nomeadamente:
- Precipitação persistente, localmente intensa a partir do meio da manhã (> 10 mm/h), mais provável nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro e Viseu, com previsão de acumulados que podem concentrar valores superiores a 40 mm em 6 horas.
- Vento do quadrante Sul moderado a forte no litoral a partir da tarde, com rajadas na ordem dos 85 Km/h, em especial no Minho e Douro Litoral. Nas terras altas o vento soprará moderado a forte (< 40Km/h), intensificando-se a partir da tarde (< 50 Km/h) com rajadas até 100 Km/h em especial na região do Minho.
- Agitação marítima na costa ocidental e na costa Sul com ondas de noroeste entre 4 a 5 metros de altura.
Acompanhe as previsões meteorológicas em www.ipma.pt
- EFEITOS EXPECTÁVEIS
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
- Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água;
- Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
- Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
- Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
- Danos em estruturas montadas ou suspensas;
- Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
- Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
- Possíveis acidentes na orla costeira.
- Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência
- Obstrução de vias de circulação por queda de árvores, deslizamento ou desabamento de terras, pedras ou outras estruturas;
- MEDIDAS PREVENTIVAS
A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, recomenda-se a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
– Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
– Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
– Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
– Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
– Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
– Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;
– Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
– Evitar a circulação e permanência nas terras altas onde as rajadas de vento esperadas são fortes ou muito fortes;
– Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.