Na manhã desta sexta-feira, o Salão Nobre da Câmara Municipal de Mira foi palco da assinatura de um protocolo entre o Município e o Exército de Portugal.
Estiveram presentes, para além do Presidente da Câmara, Raul Almeida, o Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, o Presidente da Assembleia Municipal, Mário Maduro e, pelo Exército, o Tenente-Coronel António Campos Gil e o Coronel Engº Fausto M. V. do Couto.
Nos habituais discursos, Mário Maduro felicitou a Câmara e o Ministério da Defesa pela importância da obra em causa, que visa a segurança das populações, depois de tudo o que ocorreu durante o inverno passado.
Já Raul Almeida explanou a necessidade que o Município sentiu, de recorrer à engenharia militar para serem feitas as obras necessárias dentro dos 16 quilómetros que serão intervencionados (desde os Cais do Areão até a Calvela), num período previsto de 60 dias.
Quanto ao ministro Aguiar-Branco, preferiu responder à uma pergunta que ele mesmo fez: “Por que veio ele, a Mira?”. Segundo suas palavras, nada mais o “honra” que estar “longe dos holofotes” e, ao mesmo tempo, mostrar que “é nas autarquias que são feitos os trabalhos mais fortemente ligados às pessoas”.
Assim, a sua presença esteve centrada em “dar maior visibilidade” a um trabalho local, que é – tantas vezes – esquecido”. Como exemplos destes trabalhos, citou os corta-fogos, a vigilância aérea, a vigilância das florestas e o próprio combate aos fogos. Tudo isto, segundo o ministro, são atos executados que são pouco valorizados, muitas vezes.
Nesta perspectiva, para ele, “a segurança das populações é a primeira função das Forças Armadas”. Tudo conjugado, o protocolo assinado “é um instrumento para esta mobilização entre autarquias, forças armadas e populações, já que, prevenir e evitar as catástrofes é um trabalho importantíssimo, e é disto o que se trata, aqui”.
Ao fim da cerimónia protocolar, os presentes deslocaram-se ao Poço da Cruz, para assistirem “in loco”o trabalho que está a ser executado pelas Forças Armadas, no campo. Ali, quem fez as “despesas” foi o Tenente-Coronel António Campos Gil, que apresentou ao ministro e demais autoridades os pormenores da obra em causa.
Ao JORNAL MIRA ONLINE, o presidente da autarquia, Raul Almeida, disse “ter a pretensão de que a visibilidade da presença de Aguiar-Branco possa ajudar a conquistar outros protocolos, tanto a nível da prevenção dos fogos florestais, ou na limpeza da floresta”.
Para o bem do Concelho, pede-se às autoridades que este “primeiro passo” seja seguido de outros, e que se possa continuar na senda de bons resultados, no que se refere à segurança de todas as pessoas e bens. Ao fim de tudo, isto é o que realmente se pretende: a segurança!
