21.5.2024 –
“Os serviços públicos que trabalham com refugiados em Portugal teimam em nos esconder a realidade acerca do acolhimento que prestam a quem foge da guerra…
Sei bem do que escrevo porque durante quatro anos fiz parte da administração da Misericórdia de Guimarães que foi a primeira instituição em Portugal a acolher refugiados.
Estes refugiados provenientes da guerra da Síria e de outros locais de conflito desde há cerca de dez anos, são vítimas da ineficácia que o Estado presta em termos sociais.
Quando hoje ouvi na rádio, o jogo de números que as entidades públicas fazem com a resposta que os seus serviços públicos prestam aos refugiados, deu-me uma certa revolta, por saber por experiência própria que o acolhimento que o Estado português dá aos refugiados é uma gota no Oceano junto dos cerca de 2000 refugiados que existem em Portugal…
Se ao longo dos últimos 10 anos, passaram, pela Misericórdia de Guimarães cerca de 50 refugiados foi muito.. muitos destes refugiados mantiveram-se pouco tempo em Portugal, fugindo de seguida para outros países do centro da Europa, onde têm familiares e onde encontram empregos mais bem pagos do que no nosso país…
Além deste aproveitamento do acolhimento temporário dado pelo nosso país, o Estado Português, ao final de dois anos deixa de comparticipar junto das entidades privadas, o alojamento destes refugiados, passando a “batata quente” para as entidades privadas que muitas vezes carregam os seus custos orçamentais durante anos a fio com estes refugiados, muitos deles com crianças desintegradas da nossa sociedade.
Nestes casos, quando a integração não se efetiva neste período de tempo, são as próprias entidades privadas que sustentam e evitam que os refugiados caiam na miséria e na rua por falta de condições económicas e culturais em Portugal.
É bom que os leitores deste artigo não confundam imigrantes com refugiados, tal como seria bom, compreenderem que o Estado em Portugal e alguns partidos políticos anti clericais querem destruir quem atua discretamente no terceiro setor, esquecendo-se que os serviços públicos, vivem mais de propaganda e de pouco reconhecimento às instituições privadas de carácter social que aguentam corajosamente quem passa necessidades em Portugal.
Em vez da inócua propaganda dos serviços públicos acerca do encaminhamento dos refugiados para cidades do interior porque é que o Estado não prestam contas dos refugiados que deixaram de ter apoio ou daqueles que usufruiram dos impostos dos portugueses e de seguida, fugiram para os países mais ricos da Europa?
Seria mais útil para melhorarmos o sistema…
Fica a sugestão…”
Paulo Freitas do Amaral
Professor de História
Secretário-Geral do partido “Nova Direita”