Rosa Reis Marques admite que possa existir ruturas de stock em algumas unidades, mas garante que nunca recebeu qualquer queixa.
A presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro estranha as denúncias de falta de material nas unidades de saúde familiar e admite que, no limite, possam existir falhas pontuais.
Em declarações à TSF, Rosa Reis Marques, presidente da ARS Centro, garante que o sistema está a funcionar. “O material tem vindo a ser distribuído, temos circuitos de distribuição por uma entidade externa, de forma regular fazemos o abastecimento de material às unidades, e, quando há falhas pontuais, reportam-se ao ACES, que tem os meios para acionar a recolha de material e reposição”.
Rosa Reis Marques admite que possa existir ruturas de stock em algumas unidades, mas garante que nunca recebeu qualquer queixa e, a existir, trata-se de problemas resolvidos no imediato.
“Admito que possa haver pontualmente roturas de stock, até porque se alteraram os padrões de consumo e possa haver necessidade de reposição. Ainda por cima, este tema não foi colocado pelos diretores executivos dos ACES. Isso não corresponde à realidade. Quando não há um determinado medicamento, há outro que pode substituir, isso não é admissível, temos formulários internos. Se não há um tipo de material, há outro que o substitui…”, afirma.
O presidente da Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar, Diogo Urjais, dizia na TSF que as unidades da Administração Regional de Saúde do Centro não receberam, neste mês de setembro, luvas não esterilizadas, compressas ou medicamentos básicos como Relmus ou Voltaren. Mas a presidente da ARS Centro diz que esta afirmação não corresponde à verdade: “Temos espalhadas no território 500 unidades de saúde e não posso garantir que em 500 unidades neste momento há tudo o que uma pessoa precisa em determinada circunstância, mas as unidades estão a funcionar e não tem havido reporte de ruturas significativas. Apenas uma falha por situações pontuais.”
Rute Fonseca / TSF