O árbitro Luís Reforço, da categoria C2, foi detido na segunda-feira, pela PSP, numa ação onde foram também detidas outros 13 funcionários da Autoridade Tributária ligados ao Aeroporto de Lisboa.

Em causa, suspeitas da prática dos crimes de peculato e falsificação de documentos.

Segundo avança a agência Lusa, que cita o comandante operacional da Divisão Criminal de Lisboa, Nuno Pereira, a detenção e constituição de arguidos resultou de “mais de um ano de investigação”.

Nuno Pereira explica que os arguidos “facilitavam a entrega e chegada de objetos” retidos nos aeroportos e dados como perdidos e nunca reclamados.

Depois, os detidos usavam, alegadamente, esses bens em benefício próprio.

Luís Reforço, da AF Setúbal, tinha sido suspenso pelo Conselho de Arbitragem, em março, depois de uma polémica arbitragem no triunfo do Torreense diante do Analia, por 2-1.

O setubalense marcou uma grande penalidade controversa, expulsando um defesa do Analia, que vencia por 1-0 e acabou por perder a partida. Não havia razões para a mostragem do cartão vermelho direto.

Acontece que o jogador torreense falhou a grande penalidade por duas vezes. Luís Reforço mandou repetir, até que à terceira foi golo.

Durante a operação da PSP, foram feitas 30 buscas domiciliárias, onde aquela força de segurança descobriu três armas de fogo e uma pressão de ar, todas elas ilegais, bem como “centenas” de bens, desde computadores a telemóveis, passando por relógios e outros objetos pessoais de valor.

Dos 14 detidos, onde se inclui o árbitro de futebol, 13 pertenciam à Autoridade Tributária. Um dos suspeitos foi detido por posse ilegal de arma.

Há outras 13 pessoas que foram constituídas arguidas, mas que a PSP não deteve.

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