O primeiro-ministro português deixou hoje, antes do início da cimeira dos países europeus da coesão e no primeiro dia da União Europeia sem o Reino Unido, uma mensagem “contra a divisão” e pelo projeto de construção europeia.
“No dia do ‘Brexit’, contra a divisão, afirmamos a coesão. Em Beja, dois comissários [europeus] e 17 Estados-membros da União Europeia, do Báltico ao Mediterrâneo, do Atlântico ao Adriático, juntos para uma União Europeia mais coesa, mais próspera e mais solidária para todos”, escreveu António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter.
Na sexta-feira, António Costa assinalou o último dia de presença do Reino Unido na União Europeia com uma mensagem em que afirmou que este país continuará a ter com Portugal uma relação “forte e duradoura”.
Hoje “será o primeiro dia da nova relação com este nosso velho amigo, aliado ancestral e para sempre parceiro”, escreveu o primeiro-ministro português, acrescentando que a relação entre os dois países “continuará forte e duradoura”.
António Costa é hoje o anfitrião da terceira Cimeira dos países “Amigos da Coesão” da União Europeia, que juntará em Beja representantes de 17 Estados-membros, entre os quais 11 primeiros-ministros e o Presidente do Chipre.
Além do líder do executivo nacional, a cimeira de Beja contará com a presença de primeiros-ministros da Croácia (país que detém agora a presidência rotativa da União Europeia), República Checa, Eslováquia, Espanha, Eslovénia, Estónia, Grécia, Hungria, Malta, Polónia e Roménia.
Além de delegações dos Estados-membros, na cimeira vão também participar os comissários europeus do Orçamento, Johannes Hahn, e da Coesão e Reforma, Elisa Ferreira.
A reunião de Beja terá lugar a pouco mais de duas semanas da cimeira informal de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, prevista para dia 20 de fevereiro e que foi convocada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
No plano político, a cimeira realiza-se numa altura em que se mantém o impasse em torno das negociações sobre o orçamento da UE para 2021-2027, sendo que o objetivo comum dos 27 é alcançar um acordo até ao final do primeiro semestre, de modo a garantir que não há um hiato na transição entre o quadro atual e o próximo – como sucedeu há sete anos -, o que teria consequências a nível de programação atempada dos fundos.
Lusa