António Costa: “Não vale a pena pedirem a demissão de membros do Governo. Tenho toda a confiança em Ana Mendes Godinho”

O primeiro-ministro falou aos jornalistas depois de uma reunião no Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide. A época de incêndios, a razão do encontro, acabou por não ser o tema principal das declarações.

Questionado sobre a controvérsia com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e a preocupação com os lares, nomeadamente com o de Reguengos de Monsaraz, Costa desvalorizou o tema que disse ser uma “polémica artificial”.

Não nos devemos distrair do essencial nem estar aqui em polémicas artificiais, cada um deve-se concentrar naquilo que lhe compete fazer, ao Ministério do Trabalho compete fiscalizar e apoiar os lares”.

“Não houve nas palavras da ministra nenhuma tentativa de desvalorização da realidade”, garantiu, salientando depois que “convém não esquecer que os lares não são do Estado”. “São fruto da atividade do terceiro setor”, que, disse Costa, “são parceiros fundamentais na nossa sociedade”.

“Não podemos confundir a árvore com a floresta”, salientou o primeiro-ministro. “Muitas famílias portuguesas têm entes queridos internados em lares, não podemos criar uma situação de alarme que não se justifica”, justificou.

“Felizmente o número de lares onde tivemos problemas é uma percentagem diminuta (…) mas isto não é desvalorizar”, garantiu o chefe do Governo.

“Temos de nos preocupar, mas não há razões para alarme (…) Temos de ter noção dos casos que existem, mas também enquadrar e contextualizar essa informação no conjunto da situação. Neste caso concreto, não houve nenhuma desvalorização do ponto de vista da investigação”, acrescentou.

António Costa disse ainda que o “país não precisa de polémicas” e manifestou confiança na ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

“Não vale a pena pedirem a demissão de membros do Governo, tenho toda a confiança em Ana Mendes Godinho (…) está a fazer trabalho excepcional e vai continuar a fazê-lo”, disse o primeiro-ministro.

Lusa