Ala-Arriba x Sourense: Visitantes fizeram valer a sua qualidade sem muito esforço

Foi um Ala-Arriba esforçado, porém, com pouquíssimas armas que teve pela frente um dos líderes da Série B. O 0x3 final não espelha as muitas oportunidades desperdiçadas pelo Sourense.

É impossível pedir mais aos briosos jogadores de Joaquim Almeida. Dão o corpo às balas do primeiro ao último minuto, procurando dignificar ao máximo o nome de um clube que já foi muito grande a nível distrital.

Mas, óbviamente, o futebol não se faz somente de raça, querer e disponibilidade total. É preciso mais, muito mais!

A partir daqui, fica a constatação de que faltam jogadores em quantidade e que acrescentem mais qualidade ao conjunto. Falta a cadência entre a defesa e o meio campo e este com o ataque que hoje, foi praticamente inexistente.

A este Ala-Arriba falta saber contra-atacar da mesma forma como se posiciona defensivamente. Falta conhecer o sabor da confiança de olhar olhos nos olhos com os adversários, sem loucuras mas, também, sem o incompreensivel medo de procurar ser feliz.

Já o Sourense, jogou aquém do que se pode esperar de tão conceituado leque de jogadores, que sabem e podem fazer a diferença. Mas, jogar q.b. foi mais que suficiente para ser dominador em quase 100% do encontro e levar mais 3 pontos para a terra cortada pelo Rio Arunca.

O Sourense limitou-se a marcar cedo, falhar golos fáceis – um deles foi mesmo escandaloso – e a gerir a partida da maneira que mais lhe convinha: com tranquilidade.

Os últimos diois golos acabaram por aparecer já na reta final do encontro e serviram para carimbar a robustez do resultado. Podia ter sido surpreendido? Sim, podia! Mas, ficou a nítida sensação que haveria sempre tempo para evitar que dois pontos fossem espalhados no relvado do Estádio Municipal.

Quanto à arbitragem… bem se pode dizer que quase não esteve em campo (e isso é bom). Não porque o trio fosse excelente, mas sim, porque as equipas não lhes complicaram a vida. Ficaram por assinalar dois cartões amarelos aos Guarda-redes no memso lance: ao do Sourense, por uma falta fora da área e ao do Ala-Arriba, pela incompreensível atitude de correr todo o campo para tirar satisfações com o árbitro quando, para isso havia o capitão, que já lá estava. Valeu a intervenção do mister Joaquim Almeida que, de imediato, mandou Corado de volta à sua baliza.

ALA-ARRIBA: 

CORADO, RÚBEN, DAVID NATÁRIO (C), LUÍS NATÁRIO, RICARDO AUXILIAR, PEDRO FERREIRA, PALHINHA, RÚBEN PIRES, TÓ RODRIGUES, STEPHANE, DIOGO, ANDERSON e SIMÃO. 

TREINADOR: JOAQUIM ALMEIDA

SOURENSE: 

VASCO, ZECA, MARCOS (C), FÁBIO PACHECO, CARDOSO, FRED, XUNA, DIOGO, PAULO, SANÉ, SIMÃO, RUI MIGUEL, CADÚ, RAFA MANO, FÁBIO PEREIRA, GAZELA, ARI e JOÃO MARTINS.

TREINADOR: JOÃO QUARESMA

ARBITRAGEM:

DIOGO SILVA, RODRIGUES MARQUES e INÊS CAETANO

GOLOS:

  • 0X1 – SIMÃO – 5 MINUTOS
  • 0X2 – CADÚ – 77 MINUTOS
  • 0X3 – CADÚ – 89 MINUTOS

POSITIVO: 

  • XUNA: um verdadeiro play-maker! Dá gosto ver jogadores desse naipe!
  • ZECA: a ala direita era toda dele. A defender e a atacar, jogou e fez jogar
  • RICARDO AUXILIAR e PALHINHA mostraram o verdadeiro amor ao clube, entrando em campo… depois de anos sem praticarem futebol! É digno de realçar o exemplo destes homens abnegados que não viraram a cara ao clube que os viu crescer. Ao contrário de muitos que, no momento da aflição, da nau ir ao fundo, simplesmente… não deram a cara pelo clube, ao menos até ao final da temporada!

NEGATIVO:

  • Pouquíssimo público para um domingo de futebol
  • O Ala-Arriba, em mais de 90 minutos, jamais ameaçou a baliza de Vasco. Muito pouco, mesmo para uma equipa com demasiadas fragilidades.

Jornal Mira Online

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