Al-Qaeda reivindica ataque a hotel do Mali que causou 18 mortos

O grupo extremista al-Murabitun, afiliado da al-Qaeda, reivindicou o ataque ao hotel Radisson em Bamako, no Mali, De acordo com as últimas informações conhecidas, pelo menos 18 pessoas morreram no ataque.

No hotel, segundo informação oficial da Radisson, estavam 170 pessoas, 30 funcionários e 140 hóspedes, de várias nacionalidades, nomeadamente franceses, alemães, norte-americanos e belgas.

“Foram encontrados 18 corpos num hotel”, indica a agencia de notícias francesa France-Press, citando uma fonte de segurança estrangeira, a coberto do anonimato, sem especificar se as vítimas são todas hóspedes ou se também há sequestradores entre os mortos.

Entre as vítimas há um cidadão belga, um funcionário parlamentar da Federação Valónia-Bruxelas. Segundo foi possível apurar, havia quatro belgas no hotel.

O Ministério da Defesa revelou que forças especiais francesas, que estavam estacionadas na capital do Burkina Faso, Ouagadougou, deslocaram-se para Bamako e estão no hotel a ajudar as autoridades malianas.

Segundo o Pentágono, “forças americanas ajudaram a pôr os civis em segurança”, enquanto as forças de segurança malianas lançaram uma operação para libertar os reféns que permaneciam presos no hotel Radisson Blu, na capital do Mali, apoiadas pelos franceses.

A polícia militar francesa (Gendarmerie) enviou 40 agentes das suas forças especiais de intervenção (GIGN) e “uma dezena” de agentes da polícia forense para o Mali.

O ataque foi reivindicado por um grupo jiadista afiliado da al-Qaeda, o al-Murabitun, que nasceu, em 2013, da fusão entre a al-Qaeda do Magrebe e o Movimento pela Unidade da Jiad no Oeste de Àfrica, conhecido por MUJAO.

O Al Murabitun, liderado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, é um dos grupos mais ativos na região do Sahel.

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que se encontra hoje em Kuala Lumpur, declarou aos jornalistas que o Governo está “a monitorar a situação”.

O Presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, disse hoje, antes de regressar ao seu país, proveniente do Chade, que a situação dos reféns no hotel Radisson Blu é “preocupante, mas não desesperante”.

Homens armados atacaram o hotel de luxo Radisson Blu em Bamako, fazendo 170 reféns. Cerca de 80 reféns foram entretanto libertados, “30 pelas forças de segurança”, segundo o ministério da Defesa do Mali. “Os restantes saíram pelo próprio pé”. Alguns media internacionais relatam que os sequestradores deixaram sair quem sabia o Corão.

Fonte JN