No interior do país, é corrente os municípios “subsidiarem” a água fornecida às famílias e empresas. Mas com a reforma da Águas de Portugal em curso, as câmaras terão de lhes cobrar o suficiente para pagar o custo real e travar as dívidas e défices tarifários acumulados. Isto implica que, ao contrário do que diz o Governo, o preço cobrado aos consumidores não vai subir no litoral para descer no interior. Vai subir em quase todo o lado.
Em Portugal, a água é captada na fonte por empresas multimunicipais detidas sobretudo pela Águas de Portugal (AdP, controlada pelo Governo) e pelas câmaras. A AdP vende a água aos municípios que, depois, a revendem aos consumidores. Quando o ministro do Ambiente fala das subidas e descidas de preços, refere-se ao que a AdP cobra às autarquias e, aqui, o valor sobe no litoral e desce no interior.
Jornal de Noticias