O advogado do presidente do Benfica, Magalhães e Silva, admitiu que Ministério Público apresentou “pressupostos” que podem justificar a prisão preventiva. No entanto, se for necessário, irá recorrer da decisão.
Luís Filipe Vieira vai passar a noite de hoje no Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, em Moscavide, sendo esta quinta-feira transferido para o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), onde será apresentado ao juiz Carlos Alexandre, que está a liderar o processo, para o primeiro interrogatório judicial, com vista à aplicação de medidas coação.
O seu advogado, Magalhães e Silva, admitiu aos jornalistas esta quarta-feira à saída do esquadrada da PSP que vai recorrer, se for caso disso, da decisão do juiz.
“Em tese, são pressupostos que podem ir nesse sentido [de Luís Filipe Vieira ficar em prisão preventiva]. Se é isso que o Ministério Público vai fazer ou não, é uma confidência processual que o Ministério Público pode fazer, [mas] eu não”, explicou.
“O que eu conheço foi aquilo que fundamentou em termos de facto o mandato de busca e a detenção. E isso será conhecido logo que o Ministério Público entenda que o processo já não esteja em segredo de justiça. Aquilo que eu admito é que essa descrição de factos tem alguma gravidade. Se a suspeita da prática desses factos tal como estão descritos é efetivamente uma realidade, neste momento não sei responder”, alongou.
Magalhães e Silva voltou depois a repetir que o seu cliente está “sereno” perante os acontecimentos que conduziram à sua detenção. “Se está [ansioso], e é natural que esteja, não se nota”, assegurou
Questionado sobre as declarações de Vieira na comissão de inquérito ao Novo Banco, no âmbito das audições que os deputados fizeram aos grandes devedores, Magalhães e Silva diz que “na sua leitura”, não vê “rigorosamente nada” de prejudicial para o presidente encarnado.