A maioria republicana do Congresso dos EUA e a Casa Branca alcançaram um acordo na segunda-feira sobre um raro compromisso orçamental que, a ser adotado, elimina o risco de incumprimento no período que resta à presidência de Obama.
Os republicanos da Câmara dos Representantes revelaram pouco antes da meia-noite de segunda-feira um projeto de lei negociado discretamente ao longo de várias semanas entre os dirigentes republicanos da Câmara e do Senado, John Boehner e Mitch McConnell, os líderes democratas, Nancy Pelosi e Harry Reid, e a Casa Branca.
Esse acordo deve agora ser adotado pela Câmara e pelo Senado nos próximos dias.
O texto define os orçamentos para os anos fiscais 2016 e 2017 e autoriza o Tesouro a continuar a contrair empréstimos no mercado até 15 de março de 2017 — assegurando, portanto, que Barack Obama não terá de gerir mais crises orçamentais até à sua saída da Presidência do país, em janeiro desse ano.
O Tesouro fixou 03 de novembro como prazo máximo para o Congresso votar um aumento do limite legal da dívida federal, um montante em dólares revisto regularmente em alta pelo Congresso. Sem essa votação, Washington arrisca acabar em `default` (incumprimento).
Os ultraconservadores, influentes no seio do Partido Republicano, opõem-se a tal medida sem redução da despesa pública. Em 2011 e em outubro de 2013 fizeram de tudo para bloquear a votação até ao último minuto.
Essa obstrução custou aos Estados Unidos uma revisão em baixa da sua nota de crédito no verão de 2011.
Esse cenário parece agora descartado.
John Boehner parece determinado a fazer passar o aumento do limite da dívida pese embora as objeções da fação ultraconservadora, antes da sua demissão do Congresso, já anunciada e prevista para sexta-feira.
O favorito à sucessão é o republicano Paul Ryan, de 45 anos.
Fonte: Lusa