A Casa do Povo de Mira foi palco, no último dia do mês de Abril, de uma ação de sensibilização intitulada “MAUS TRATOS NA INFÂNCIA”
Foi um evento que teve excelente moldura humana disposta a ouvir os três oradores: o Professor Carlos Fernandes da Silva, da Universidade de Aveiro, a enfermeira Maria Edite de Miranda Trinco, do Serviço de Urgências do Hospital Pediátrico de Coimbra, e Vítor Simões, cabo mor da GNR, coordenador do Núcleo de Investigação de Apoio à Vítima.
Após uma abertura musical sentida e emocionante, interpretada por vinte jovens, deu-se início a uma exposição que foi – muitas vezes – dura, porém necessária por, efetivamente, se tratar de um tema duro e de triste realidade.
Ali foi dito que falar de maus tratos na infância, na verdade não passa da ponta de um iceberg: aquilo que se vê é uma ínfima parte da realidade quotidiana.
Foi também referenciado que historicamente a violência contra as crianças sempre esteve vinculada ao processo educativo. Porém, é importante frisar que os maus tratos estão contemplados no Código Penal. TODOS nós temos a obrigação de denunciar tais situações… mesmo que, anonimamente, já que a pessoa que não denuncia é tão mal tratante como quem maltrata!
É fundamental lembrarmos as diversas formas de maus tratos: Negligência/abandono; Abuso psicológico/físico; a “síndrome do bebé abanado”; exposição à violência interparental; exploração do trabalho infantil, abuso sexual, e mau trato institucional (não é só nas famílias que esses abusos acontecem…
Por fim, podemos resumir estas 3 participações numa só frase que foi dita, e que deve ser meditada por todos nós:
“NÃO PODE HAVER TAREFA MAIS NOBRE QUE DAR UM FUTURO A UMA CRIANÇA!”