A abstenção, que na primeira volta das eleições municipais em França, antes do confinamento, atingiu níveis históricos de 55,34%, pode ultrapassar na segunda volta, que se realiza hoje, os 60% devido aos receios provocados pela covid-19.
A pandemia é um dos principais motivos apresentados pelos eleitores para não irem votar, embora tanto as autoridades nacionais como as autoridades locais assegurem que votar não aumenta o risco de contágio.
Hoje, a máscara e a caneta própria serão obrigatórias para todos os que decidam ir votar.
Apenas os candidatos com mais de 10% nas urnas na primeira volta passaram à segunda volta nas localidades onde ninguém conseguiu mais de 50% dos votos, mas com a polarização na atual vida política em França isso pode significar uma escolha ainda entre três ou quatro candidatos diferentes.
Para hoje estão aptos a votar cerca de 16,5 milhões de eleitores, ou seja, cerca de 39% dos inscritos nos cadernos eleitorais no país, para decidirem sobre os novos executivos municipais em Paris, Marselha, Lyon e Bordéus, entre outras grandes cidades francesas.
A primeira volta realizou-se no passado dia 15 de Março e a segunda volta teve que ser adiada devido à pandemia de covid-19 e pelos meses de confinamento rigoroso que vigorou, com cerca de 5.000 localidades a não elegerem um novo executivo na primeira ida à urnas.
Lusa