Abono de família: novos valores com retroativos são pagos já no próximo mês

Alterações vão beneficiar mais 130 mil crianças, segundo o Ministério da Segurança Social.

Os beneficiários do abono de família vão receber em março os valores da prestação atualizados em 0,5%, mas só em abril poderão contar com o aumento mais significativo referente à reconfiguração dos escalões etários e à introdução do 4º escalão, com retroativos.

Segundo disse ao Jornal Económico fonte do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, “os beneficiários do abono de família receberão no mês de março os valores atualizados”.

Porém, “o aumento significativo introduzido no novo escalão etário dos 12 aos 36 meses e a reposição do 4.º escalão” só irão ocorrer em abril, já que as alterações obrigam “a um desenvolvimento mais complexo dos sistemas informáticos”, explica a mesma fonte.

“Em qualquer dos casos, os pagamentos retroagirão sempre ao início do ano”, garante o Ministério de Vieira da Silva, que lembra que os requerimentos para novas prestações podem ser apresentados desde o início do ano.

Já em janeiro o ministro Vieira da Silva tinha adiantado, em conferência de imprensa, que o aumento do abono de família só seria pago “em março ou abril” com retroativos a janeiro, ficando agora mais clara a situação.

As alterações ao abono deverão beneficiar cerca de 130 mil crianças, segundo o Governo.

O objetivo é aumentar o valor do abono gradualmente até que as crianças com idade até aos três anos tenham todas direito ao mesmo montante dentro de cada escalão de rendimentos.

Por exemplo, até agora, no primeiro escalão de rendimentos, até aos 12 meses, a criança tinha direito a um abono de 145 euros, mas o valor descia para os 36,42 euros a partir dessa idade. Com as novas regras, as crianças do primeiro escalão terão um aumento do abono para 54,9 euros, no primeiro semestre, e para 73,21 euros, no segundo semestre.

A outra novidade – a reintrodução do 4º escalão – vai permitir a estas famílias um abono de 9,46 euros no primeiro semestre do ano e de 18,91 euros no segundo semestre.

Fonte: Jornal Económico