30.01.2025 –
O Ministério Público instaurou um inquérito ao caso dos despedimentos, em 2022, de duas trabalhadoras que haviam sido mães recentemente, confirmou esta quinta-feira à RTP a Procuradoria-Geral da República. A investigação “corre termos no DIAP de Lisboa”.
Em causa pode estar uma situação de fraude à Segurança Social. Questionado pela RTP, o Bloco de Esquerda disse ainda não ter sido contactado pelo Ministério Público, mas mostrou-se disponível para esclarecer esta situação.Após a denúncia do caso pela revista Sábado, no dia 20 de janeiro, a coordenadora do partido admitiu erros no processo de despedimento de duas das trabalhadoras.
Numa comunicação enviada aos militantes do partido, Mariana Mortágua também enquadrou os casos no “processo penoso” de despedimentos após as legislativas de 2022.
No caso particular de duas trabalhadoras que foram despedidas e que tinham sido mães há pouco tempo, os contratos foram excecionalmente estendidos de março até dezembro de 2022 sob a forma de contratos fantasmas.
Aos militantes, a líder bloquista assumiu que o partido precisa de rever procedimentos internos, por exemplo uniformizar contactos com funcionários e clarificar funções a desempenhar.
As explicações de Mariana Mortágua surgiram depois de a revista Sábado ter noticiado alegados despedimentos de cinco trabalhadoras do Bloco de Esquerda que tinham sido mães há pouco tempo, entre os anos de 2022 e 2024.
Fonte: RTP