“Abate de plátanos em Coimbra – Ponto Negro no tecido bioclimático da cidade”

13/09/22-
“O Partido Ecologista Os Verdes considera o abate de plátanos na Avenida Emídio Navarro, em Coimbra, no âmbito do projeto do MetroBus, uma perda muito significativa para a cidade.

Não são apenas cinco, são mais cinco árvores abatidas ao longo dos anos na Avenida Emídio Navarro, deixando Coimbra ecológica e ambientalmente mais empobrecida. Por muito que seja propalado que por cada árvore serão plantadas duas ou três, tal como as pessoas, as árvores não podem nem são substituíveis.

É lamentável que não tenham sido avaliadas soluções técnicas alternativas à manutenção dos plátanos, supostamente para não atrasar o projeto. O corte não foi nenhum imprevisto, antes pelo contrário, a imprevisibilidade esteve na decisão, quando o abate das árvores deveria ter sido ponderado em fase prévia do projeto, o que torna o corte ainda mais incompreensível.

Os Verdes consideram que este abate é um ponto negro para a biodiversidade e sustentabilidade do ecossistema urbano em Coimbra. No âmbito da Campanha SOS Natureza, no dia 25 de agosto, o PEV colocou uma bandeira negra na Avenida Emídio Navarro, assinalando a decisão inconcebível de cortar os plátanos, alertando também para a importância do arvoredo no espaço urbano.

Em Coimbra, ao longo dos anos têm sido paulatinamente abatidas árvores de porte considerável, sobretudo ligadas a obras ou infraestruturas públicas fragilizando o tecido bioclimático, rede ecológica e corredores verdes, como se verificou com corte de árvores na Urbanização Bairro de São Miguel (2017) e em Bencanta (2016) pela Infraestruturas de Portugal que não, apresentavam qualquer problema fitossanitário.

Os Verdes, no que concerne ao projeto de mobilidade para Coimbra, reafirmam que a opção pelo MetroBus, ao contrário da ferrovia, não passa de um sistema rodoviário em autocarro. Não foi a solução mais barata, nem assegura o transporte de mercadorias, nem é a mais adequada para a mobilidade das populações dos municípios da Lousã, Miranda do Corvo e de Coimbra, nem a que melhor salvaguarda a própria sustentabilidade, como agora se confirma com o abate deste património arbóreo, algum quase centenário.”

PEV