Não importa o nome que se lhe dê.
“Festas em Honra de São Miguel Arcanjo”?
“Festa da Telha”?
Escolha o que mais lhe apetece. O importante mesmo é não perder estes dias de agitação nesta pacata terra do Concelho de Mira.
Desde hoje, dia 7 e até à próxima terça-feira, dia 12, o que ali vai reinar é a camaradagem, a alegria e a simpatia. Mas, não só das gentes da Presa, nem só do Concelho mirense!
Se por acaso não sabe, estas festas trazem autocarros fretados especialmente para trazer pessoas de Lisboa, do Porto, de Coimbra, e de outros locais deste país. Pessoas que acampam por ali, muitas vezes, só pelo prazer de estar em companhia de “malta boa” como dizem e de beber o vinho na telha, tão famoso em todo o país.
O JORNAL MIRA ONLINE esteve à fala com dois dos dez elementos que compõem a Comissão Organizadora das festas deste ano.
João Manuel Picado e Carlos Monteiro são apenas o reflexo da simpatia dessas pessoas desinteressadas, dispostas a dar muito do seu tempo durante um ano inteiro, para que estes dias corram na perfeição. Sim, a perfeição não existe, mas querem lá chegar. Afinal, como eles mesmo dizem “A Expofacic até já mudou as datas para não ter que concorrer com a Festa da Telha!”…
Brincadeiras à parte, esta gente é séria o suficiente para dar “o corpo ao manifesto”, fazendo as coisas acontecerem, em nome de uma tradição que já vem da primeira década do século passado, sem nenhum interregno!
É por isto que fazem tudo num espírito de equipa e eficiência que “mete inveja” a muitos “profissionais” dedicados a esta vida. É só vê-los em cima das árvores a preparar o ambiente, para não deixar nada ao acaso, e percebe-se o quanto esta gente ama a sua terra, as suas tradições e só quer uma coisa no final: o sorriso de cada um que por lá aparecer.
Quanto às críticas que vão surgindo aqui e ali, estes homens vão, humildemente, tentando colmatar as falhas apontadas dentro das possibilidades, sem esquecer, no entanto, que nem tudo pode ser feito!
Dificuldades? Claro que as há! A maior de todas, é um problema nacional, e não somente desta localidade: as angariações de fundos são uma dor de cabeça para quaisquer Comissões de Festas e, a Presa não foge à regra.
Mas, no fundo, no fundo, estes nobres rapazes superam estes problemas com um sorriso no rosto e, no final, com um sentimento de dever cumprido.Por que a Presa é mais que um “simples lugar”. A Presa é “um espírito”, um “coração que bate” dentro de cada habitante do lugar.
Por isto, é com um orgulhoso sorriso que Carlos Monteiro responde à pergunta que fizemos do porquê das pessoas frequentarem estas festas, com uma frase enigmática: “PORQUE SÃO AS FESTAS DA PRESA!”.
E lá foram eles preparar as faixas, colocar pregos nas madeiras, testar o som, e muito mais…