A Mealhada tem muita qualidade artística! Miguel Silva, Carlos Bruno, Ricardo Carvalho, Francisco Saldanha e Toni Viais são bons exemplos disso…
Meia casa cheia, no atual momento, vale por uma casa repleta de público e, bem vistas as coisas, quem esteve presente no Cine Teatro Messias na noite de Sábado, deu por muito bem empregue o tempo em que lá esteve!
Nascido da ideia de “dar a cana e não o peixe”, como referiu à reportagem do Jornal Mira Online o Diretor do Cine Teatro, Miguel Gonçalves, este espetáculo serviu bem mais que “dar um mero subsídio a estes artistas que, devido a pandemia ficaram sem trabalho”. A (boa) intenção, foi a de dar a eles a oportunidade de fazerem o que mais gostam e sabem, para além de ofertar convites direcionados a um público especial “que, nas mais diversas profissões, não deixaram de estar presentes quando estávamos todos confinados”.
Deste modo, trabalhadores de IPSS´s, bombeiros, médicos, enfermeiros e muitos outros profissionais de extrema importância para a continuidade do novo normal tiveram a oportunidade de ver, ouvir, cantar e, por vezes, emocionar-se, com a arte de talentosos músicos que passearam entre Queen, Rui Veloso, Caetano, Xutos e muitos outros mais. Do pop ao rock, muito se viu e ouviu, muito se recordou e, muito, o público cantou! E, como se isso tudo não fosse suficiente, a sonoridade de excelente qualidade foi sempre acompanhada por um fantástico trabalho de luzes e cores que engalanou a noite chuvosa de Sábado!
Em suma, um espetáculo pensado ao pormenor – incluindo o trabalho do staff que fez cumprir na perfeição as normas de higiene e seguranças emanadas pelas autoridades de saúde. Um evento que valeu pela ideia, pelo talento e pelos merecidos aplausos recebidos por todos os que estiveram em palco.
Quiçá, outras autarquias possam copiar a ideia. Copiar, neste caso, não será um ato de mera falta de criatividade. Pelo contrário: se alguns ousarem copiar o que a Câmara da Mealhada fez, todos sairão a ganhar, tamanha é a qualidade de verdadeiros artistas pelo país fora… artistas de verdade e não aqueles que, com muito menos talento, são impingidos por poderes económicos embutidos em programas de televisão que pouco acrescentam à verdadeira cultura…
Francisco Ferra / Jornal Mira Online