08.01.2025 –
“Tamanho não é documento” diz a sabedoria popular, quase sempre coberta de razão…
Dia 4 de Janeiro foi dia de Festa, na localidade de Carapelhos, que celebrou o seu 40º aniversário.
Aquela que é a Freguesia mais pequena no território mirense juntou, no seu Salão, gentes de todos os quadrantes do Concelho e destacadas figuras, da cultura, do desporto, do empreendedorismo, da religiosidade, da política e da segurança, para além de um Secretário de Estado – Hernani Dias – que reagendou a sua recheada agenda de eventos, para deixar uma palavra de incentivo e respeito pelos autarcas da terra e de todas as terras à volta.
Quando a Presidente da Junta de Freguesia de Carapelhos – Carla Santos – propôs a todos um minuto de silêncio em memória de Raul Almeida, fê-lo como que a traduzir o respeito que toda a população mirense (oposição incluída) tinha pelo antigo autarca que faleceu poucos dias antes do final de 2024.
Carla Santos tratou de, no seu discurso, procurar recuperar memórias, manter as tradições e honrar o passado e o presente da terra, não deixando de recordar que existe todo um futuro por construir.
Artur Fresco prometeu, antes de tudo, que o nome de Raul Almeida “ficará ligado a Mira” para sempre para depois, afiançar que tal como o seu antecessor, as pessoas dos Carapelhos e do Corticeiro de Baixo “são gente que sabe arregaçar as mangas”, fazendo questão de homenagear Carla Santos classificando-a como “uma mulher de armas” que simboliza toda uma classe de autarcas que doa, com seus pares, enormíssimas horas de suas vidas em prol da comunidade que neles acreditou.
Já o Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território – Hernani Dias – afirmou considerar “relevantíssimo estar junto das populações, atender e resolver os seus problemas” e definiu o momento como uma celebração “à ousadia de alguns cidadãos das localidades” cidadãos, estes, “interessados e determinados” na construção de uma Freguesia que albergasse as necessidades locais.
Afirmou, ainda, que o Governo a que pertence está a preparar a revisão “das leis e finanças locais” no sentido de “se fazer justiça a quem é autarca a meio tempo” deixando, também, a garantia de que, a breve trecho, também as Juntas de Freguesia poderão fazer suas candidaturas ao Portugal 2030 de forma autônoma e direta.
Jornal Mira Online