“A Festa está a terminar” – Parte 2 (Carlos Sérgio Negrão)

A FESTA ESTÁ A TERMINAR #2

Continuando na senda dos “balanços”…

Há umas semanas atrás uma pessoa amiga abordou-me com a seguinte questão: “Então como está a correr o teu “novo” desafio”, estás a gostar?” – a pessoa em causa falava do desafio/responsabilidade de ser Vereador no Executivo do Município de Cantanhede. Como sempre faço, respondi honesta e sinceramente da seguinte forma: “Nem tudo são coisas bonitas, mas no geral estou a gostar bastante”.

Pois bem, de facto as coisas são um bocadinho diferentes de quando estamos fora das estruturas que têm a responsabilidade de tomar decisões por toda a população, mas, se tivermos em conta que, num elenco constituído por 5 elementos eleitos pelo PSD e 2 eleitos pelo PS (onde eu me incluo), facilmente percebemos que mais do que resolver problemas estarei sempre disponível para levantar questões. É fundamental percebermos quais são as nossas limitações para que, depois disso, possamos definir as estratégias certas para implementar as nossas capacidades.

Nunca contarão comigo para desenvolver um trabalho político de “bota-abaixo”, de critica gratuita, mas também não permitirei que o Executivo seja identificado como uma voz única se as opiniões forem diversas. Um bom exemplo disso é o facto de eu não conseguir perceber alguns “lapsos” de comunicação interna que foram acontecendo ao longo deste ano. Não se pode aceitar que se faça um discurso de “Executivo como um só”, entenda-se vereadores do PSD e PS a uma só voz, e depois a informação não chegue a todos os seus elementos de igual forma.

Naturalmente que ao estar a escrever isto aqui significa que já no transmiti no local adequado (reuniões do Executivo).

Gostaria eu de ter estado presente na receção feita às equipas de formação do CF Marialvas? Claro que sim, bastava ter sido informado.

Gostaria eu de ter estado na Sessão solene de Abertura do Folk 2022? Claro que sim, bastava ter sido informado.

No fundo o que eu defendo é que, não sendo eu político profissional, me permitam gerir da melhor forma possível a minha Agenda, bastando para isso que seja devidamente informado de todos os eventos/acontecimentos que vão decorrendo neste âmbito. Espero que os próximos tempos sejam bem mais transparentes a este nível e que me mostrem que o primeiro ano de mandato foi apenas um limar de arestas neste contexto.

Como disse anteriormente não sou um político de bota-abaixo, e não tenho, por isso mesmo, qualquer tipo de problema de assumir quando as coisas se desenvolvem pelo caminho que defendo ser o mais interessante para a comunidade.

Exemplo disso mesmo são os casos da criação do Conselho Municipal do Desporto e da criação da “Cantanhede Creative School“ (unidade do Politécnico de Coimbra). Estas duas questões sempre foram identificadas pelos representantes do PS Cantanhede como fundamentais na estruturação de uma sociedade mais igualitária e mais desenvolvida a múltiplos níveis.

Se um Conselho Municipal do Desporto democratiza e consolida o que deverão ser as políticas gerais ao nível do desporto em Cantanhede, a vinda de uma unidade do Politécnico de Coimbra será certamente um fator decisivo no desenvolvimento do município aos níveis social, científico e até económico.

Serão estes os caminhos que Cantanhede necessita de trilhar? Acredito que sim, tenham os seus responsáveis políticos reais preocupações em defender as vias certas para conquistar o caminho e salvaguardar e defender os reais interesses dos seus eleitores…