A FESTA ESTÁ A TERMINAR

A época das festas começa a chegar ao seu fim.

Aquela fase do ano em que todos tentam, quase a qualquer custo, aparecer em tudo o que é fotografia começa a chegar ao seu epílogo e com isso começa a chegar o momento de voltarmos a “falar” de coisas “sérias”.

13 anos depois voltámos a ter um festival de Dixieland em Cantanhede. Depois de um grupo de visionários ter criado esta lógica festiva que foi o original festival Dixieland há mais de uma década atrás, foi preciso enquadrar o mesmo numa lógica de rede que permitiu o respectivo financiamento através da CIM Região de Coimbra. Sim, este Dixieland, rebatizado de Happyjazz Festival foi uma organização “conjunta” dos municípios de Soure, Figueira da Foz e Cantanhede.

Não tendo nada contra tal facto, mas percebendo o impacto diferenciado nos diversos municípios organizadores, fico com alguma preocupação em relação ao futuro pois será difícil de explicar aos munícipes de Cantanhede uma eventual não organização da edição de 2023! Certamente que não será isso o desejado pela Câmara Municipal de Cantanhede, mas se não houver “acompanhantes” na organização de 2023 não sei como será…

Na mesma altura decorreu em simultâneo o “Tapas & Papas”. Primeira nota de destaque positiva para o facto de se terem aproveitado as sinergias dos dois eventos criando assim uma dinâmica global extremamente positiva. Desta forma, a exemplo do que já tinha acontecido em eventos organizados anteriormente, sentiu-se a já esperada forte afluência da população que, depois de dois anos de ausência total de “festa”, estava sedenta deste tipo de momentos que promovem a partilha, o reencontro e o extravasar de dois anos pesados de pandemia.

Chegou depois a tão esperada 30ª edição da Expofacic. Êxito retumbante! Com um objectivo de afluência ambicioso, 400 000 visitantes em 11 dias de certame, o ano de 2022 era, sem sombra de dúvidas um momento chave na manutenção da credibilidade e notoriedade da marca EXPOFACIC.

O ano de 2022 ficará certamente para a história como o ano da melhor Expofacic de sempre (palavras do Presidente da Comissão Organizadora) tal a forma como os objectivos foram claramente concretizados.

Neste particular, e espero que me interpretem de uma forma construtiva, não posso deixar de realçar que o desenvolvimento de todos os eventos anteriores à EXPOFACIC deixavam antever um sucesso quase que garantido.

Obviamente que este sucesso só foi possível após uma decisão corajosa e arrojada, tomada no início do ano, com muitas incógnitas em cima da mesa, com muitas dúvidas sobre o que se poderia fazer, bem como a sua implementação, que a Comissão Organizadora, juntamente com o Município e respetivas freguesias, tomou para concretizar a organização da 30ª edição da Feira/Festa que já é uma referência a nível nacional e internacional.

Não posso deixar de partilhar a minha preocupação, como já o fiz pessoalmente com alguns, sobre o futuro. A 31ª edição será certamente uma edição da EXPOFACIC muito mais desafiante do que a que pudemos usufruir este ano. A edição de 2023 será um desafio substancialmente maior e mais tortuoso que todos esperamos se possa ultrapassar. Será eventualmente o momento certo para o reinventar de um modelo vencedor que denota alguns sinais de desgaste…

A ver vamos.