05.11.2022 –
Luís Mira Amaral, antigo ministro, Calisto Coquim, engenheiro mecânico e homem da terra e Bruno Alcaide, Vereador da Câmara Municipal de Mira trocaram impressões sobre um tema cada vez mais em voga: a energia a sua crise…
Foi uma boa plateia, a que assistiu ao Fórum “Energia – qual o preço a pagar”, que aconteceu ao final da tarde de Sábado no Salão Paroquial do Seixo.
Temas como as energias renováveis, a crise energética derivada da invasão russa à Ucrânia, as consequências da seca em Portugal ou o aumento exponencial do preço do gás, dentre outros, foram objeto de discussões e explicações técnicas por parte do antigo ministro de Cavaco Silva e pelo engenheiro mecânico, sempre sob a coordenação de Bruno Alcaide, não só questionou os ilustres convidados, como interveio durante as explanações.
A questão do porto de Sines que o Governo pretendia utilizar como ponto de início para o transporte de gás até o sul de França, ou a questão de empresas estarem a encerrar ou a reduzirem o consumo para a produção, por conta do aumento dos preços do gás em contrapartida com as famílias que continuam na mesma média de consumo ou ainda, os carros elétricos, foram alguns dos outros tópicos complexos que os oradores também abordaram, sempre numa perspectiva tecno-económica, onde estes procuraram explicar os assuntos numa linguagem possível de ser ententida pelos leigos.
No final, uma seção de perguntas elaboradas pelo público presente, acabou por alargar um pouco mais o tempo perspectivado pelos promotores do evento, num sinal claro do enorme interesse gerado tanto pelo tema escolhido como pela capacidade de explanação de Mira Amaral e Calisto Coquim.
Foram cerca de duas horas deliciosas, onde foram dados sinais evidentes de que a Europa “não está no bom caminho” no que se refere à crise instalada ou à egrande dependência anterior à guerra, a um colosso chamado Rússia, que é extremamente rico em energia e tem utilizado essa potencialidade para criar problemas energéticos de toda ordem, levando-os até às portas do inverno europeu, que transformou-se no grande receio das populações e dos Governos… embora exista a convicção de que os stocks de gás atuais sejam suficientes para que, principalmente os países do centro e do norte europeu – os que mais sofrem os rigores do inverno – o problema seja minimizado. A questão é: se a guerra se prolongar, até quando a economia e a sociedade europeias serão capazes de suportar?
Jornal Mira Online