Um dia bastante preenchido: será assim, o sábado de um grupo que conta com cerca de 25 pessoas e que virá presenciar in loco as maravilhas geológicas – e não só – do Concelho de Mira.
O grupo é formado, essencialmente, por professores das áreas da biologia, da geologia, do patrimônio e do ambiente e, no caso de Mira, terá como cicerone o mirense Luís Pereira que é residente no Concelho, embora lecione na Escola de Febres.
Será ele quem terá a honra de mostrar aos visitantes vindos, por exemplo, do Porto, de Aveiro, de Lisboa, de Évora, do Minho e de Trás-os-Montes, toda uma panóplia de importantes temas, vistos bem de perto, no campo, para que depois possam ser descortinados pelo país fora, através destes professores apaixonados por este cantinho a beira-mar plantado!
O Jornal Mira Online conversou com Luís Pereira para que ele pudesse dar nota daquilo que os motiva e o que irá acontecer. “Antes de mais” diz, “é preciso dizer-se que estamos num território riquíssimo a nível geológico” afirma feliz, claramente, envolvido no tema que lhe diz muito.
Andamos há cerca de dez anos a calcorrear Portugal de Norte a Sul, para conhecermos o mais profundamente o nosso meio ambiente, a nossa fauna, a nossa flora… queremos, de alguma forma contribuir para que, sendo as terras devidamente conhecidas, estas informações até possam ser capazes de auxiliar a quem de direito, a divulgar o nosso turismo local… queremos dar a conhecer cada espaço, única e exclusivamente, a pensar na sua necessária e importantíssima conservação!”.
O professor Luís Pereira fez questão de invocar a “valiosíssima contribuição do professor Délio Lagoa na organização deste evento… as suas ideias foram imensamente úteis para que o programa fosse elaborado da forma mais completa possível”.
Classificando como “um dos principais pontos, senão o principal, a ser tratado, a erosão costeira estará, como é óbvio “em cima da mesa” neste dia importante para a ciência em Mira”, o professor Luís Pereira também destaca “o passeio a pé pelos passadiços da Praia, o Sítio do Cartaxo, o Moinho da Quinta da Areia ou o Conglomerado de Mira” como locais a serem observados pelos participantes… dentre outros!
Para este apaixonado pelas ciências, em especial a Geologia, tudo se trata de “conhecermos nos locais o que importa ser conhecido e, posteriormente, passarmos esses conhecimentos à frente. Eles devem ser comentados, partilhados, divulgados. De nada vale à humanidade que o conhecimento fique estagnado, guardado numa qualquer gaveta!”
Jornal Mira Online
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