O autarca vaguense foi eleito “vogal” da Comissão Política do seu partido e, em entrevista exclusiva ao Jornal Mira Online, mostrou, sem papas na língua, não querer deixar nenhuma “pedra por derrubar” ao Governo Socialista…
Foi na terça-feira, dois dias depois de ter sido eleito Vogal da Comissão Política Nacional do PSD (o órgão executivo do partido), que Silvério Regalado concedeu entrevista ao Jornal Mira Online, onde deu conta de toda a envolvência do Congresso do PSD, que aconteceu no Porto, no passado fim de semana.
Contundente e eloquente, como é seu apanágio, o Presidente da Câmara Municipal de Vagos fez “um balanço extremamente positivo” da reunião magna, classificando Luís Montenegro como alguém realmente capaz “de unir o partido pois, além de se fazer acompanhar de pessoas que lhe são próximas, conseguiu angariar apoios ao seu projeto de pessoas que vêem de outro panorama do partido, como Paulo Rangel ou Miguel Pinto Luz”.
“Estas pessoas ilustres que se juntaram ao projeto” – continua – “hoje estão conosco para mostrar que o PSD é capaz de ser a alternativa viável a um “desgoverno” liderado por António Costa, que tem levado o país a um retrocesso enorme!”. Considerando ser o atual Governo, o grande culpado “desta política de socailismo soviético”, Silvério Regalado considera que o “PSD é suficientemente capaz de mostrar ser uma alternativa credível a estes 3 meses de trapalhadas, da ineficiência total dos serviços públicos e de defender o SNS, onde as pessoas não são assistidas como merecem!”.
Quando questionado sobre “as acusações do PS, de que há “Passos Coelho” a mais nas listas eleitas no Congresso”, o edil vaguense respondeu que, “bem pelo contrário do que querem fazer transparecer, as pessoas que fizeram parte daquele Governo têm orgulho na obra feita… claro que, como em tudo na vida, houve falhas, mas foi aquele Governo que nos tirou de uma anunciada bancarrota, que conseguiu fazer com que o país saísse à primeira, do programa da Tróika, ao contrário da Grécia, cujo Ministro das Finanças de então, era “o modelo” do Bloco de Esquerda e do PCP” e que, para sair, teve de se aliar à Aurora Dourada… a Extrema Direita grega! Passos Coelho fez o seu trajeto e, acredito que a história vai acabar por demonstrar que ele foi de enorme utilidade ao país”, concluiu.
Dando exemplos de como o “Governo nos desgoverna”, Silvério Regalado não quis deixar “passar em claro o enormíssimo aumento da carga fiscal realizada de forma indireta que nos impõem e, mesmo assim, não permitiu que António Costa resolvesse o problema da dívida pública que continua elevadíssima, que temos a pior prestação de serviços públicos de que há memória, os juros, que ainda vão ser maiores, aumentando os problemas dos portugueses ou esta nefasta descentralização de competências na qual tememos pelo futuro das autarquias, visto que – espertamente – o Governo quer entregar-nos, sem nos dar os euros para podermos realizá-las com qualidade e dignidade!”
Por fim, Silvério Regalado, um confesso “apoiante de Luís Montenegro desde quando ele nem sequer sonhava em ser candidato a Presidente do PSD, um dia” classificou como “uma grande honra à qual espero estar a altura” a sua eleição na lista do novo presidente do partido, onde terá a “responsabilidade de, com meus colegas eleitos, aconselharmos a direção partidária”. Sendo, assume, “um orgulho pessoal estar lá o meu nome” faz questão de dividir os louros “com quem, desde a primeira hora tem contribuído para que o nosso trabalho fosse visível, ajudando-me a crescer como político e como pessoa”.
Para o autarca, é suficientemente importante destacar o facto de que, “pela primeira vez, o distrito de Aveiro, na pessoa de Luís Montenegro foi capaz de eleger uma direção que, políticamente, não está conotada com o eixo Lisboa-Porto, o que pode ser um bom sinal de mudança para o país que é bem mais que somente estes dois grandes centros decisórios!”
Jornal Mira Online