26.04.2025 –
“Liberdade” era a palavra do dia. Mas, desta feita, foi acompanhada de outra: “Emoção”
Em questão de minutos, o Atrium Mira tornou-se Atrium Raul Almeida, com o descerramento das imagens alusivas à homenagem, logo à entrada do local. Mas, foi lá dentro, na Sessão Solene, que os discursos marcaram as diferenças entre as bancadas da Assembleia Municipal..
Se é praticamente unânime junto da sociedade mirense, a importância do ex-presidente da Câmara recentemente falecido, o discurso da representante do Partido Socialista estabeleceu uma linha vermelha para o ato, considerando que, embora “justa“, a homenagem tratava-se, acima de tudo, de algum “oportunismo” e não, de uma saudável “união”, por não terem sido ouvidos os outros Órgãos Autárquicos.
Mas, Abril esteve sempre presente em cada discurso: desde o do Presidente da Assembleia Municipal até ao Presidente da Câmara Municipal de Mira, passando pelo CHEGA, pelo PS ou pelo PSD, todos recordaram (cada um ao seu modo e conforme a sua interpretação dos factos), a importância de uma data que trouxe consigo um sem-número de conquistas em todas as áreas da sociedade. Desde a saúde à educação, desde o poder expressar livremente à transparência (ou, a falta dela) no que toca às políticas públicas, muitos assuntos foram objetos de regozijo ou preocupação.
No entanto, ficou a convicção de que, tanto a nível autárquico, como regional ou nacional, muito há por fazer, em todas as áreas da sociedade. Mais: ficou, também, inequívoca, a preocupação com a Democracia, um bem que deve ser “permanentemente cuidado” para que se evitem “retrocessos”.
Abril é isso.
Convergências e divergências. Opiniões que, mesmo sendo contrárias, podem e devem ser respeitadas.
Abril não é só o cravo na lapela.
É liberdade! É, também, a capacidade que temos de cuidar bem dela.
Jornal Mira Online