Número total é o mais baixo desde meados de 2011, mas a percentagem de fiadores encravados é maior
O número de portugueses que aceitaram ser fiadores de empréstimos bancários caiu no final do ano passado para 1,3 milhões.
É o mais baixo desde meados de 2011. Mas há 115 mil que têm razões para estar arrependidos – ficaram com as dívidas de outros nas mãos. São 8,6% do total de fiadores; em junho de 2011, estávamos em plena crise financeira, apenas 7,5% foram chamados a pagar os empréstimos em falta. A culpa é do crédito ao consumo.
Maria B., um destes casos, acabou por ter de pedir ajuda ao Gabinete de apoio ao Sobre-endividado da Deco (GAS). O apelo chegou depois de “uma penhora de salário” por ser fiadora de um crédito que a deixou com encargos que não consegue suportar. “Ganho o suficiente para pagar as minhas dívidas e a penhora, mas não sobra muito para cuidar de mim e dos meus filhos”, conta.
E está longe de ser a única. Apesar de o malparado das famílias estar a cair há cinco meses consecutivos, somando 16 626 milhões de euros em dezembro, e de, por isso, também haver menos fiadores em apuros – os 115 mil que se contavam no final do ano passado são o número mais baixo em quatro anos -, a percentagem de fiadores com dívidas alheias às costas é maior do que no tempo da crise.
Fonte: DN
Foto: REUTERS