​Instituto do Sangue precisa de sangue O negativo

Portugal é auto-suficiente em matéria de reservas de sangue, mas número de dadores e dádivas têm vindo a diminuir.

As reservas de sangue do tipo zero negativo (conhecido por O negativo) estão em baixa. Em declarações à Renascença, a diretora do Centro de Lisboa do Instituto do Sangue e Transplantação revela que, neste tipo de sangue, o país só tem reservas para quatro dias.

“A nível nacional estamos numa situação equilibrada com reservas entre sete a 10 dias para os diferentes grupos sanguíneos, exceto para os 0 negativos em que temos uma reserva até quatro dias”, diz Ana Paula Sousa.

Este tipo de sangue – zero negativo – é um dador universal. Esta responsável apela aos cidadãos para “continuarem a colaborar no processo de dádiva de sangue”.

Ainda assim, garante que Portugal continua a ser “auto-suficiente” e “garante o suporte transfusional a todos os doentes”.

“Nós acabamos por transfundir diariamente 800 unidades. Colhemos aproximadamente por dia 900 unidades, mas para garantir tranquilidade às instituições e entidades de saúde uma reserva adequada de sangue estaria entre os cinco e os sete dias”, detalha.

Ana Paula Sousa diz ainda que o número de dadores em Portugal tem vindo a diminuir. “Temos verificado em Portugal uma diminuição do número de dadores e de dádivas, igual também no contexto europeu e também a nível internacional”, refere.

“Há dadores que temporariamente não cumprem os requisitos para a dádiva, por exemplo por viagens ou por medicação, ou que não os cumprem definitivamente, por exemplo por limite de idade e têm que ser substituídos”, remata.

rr