Se o mais importante no momento de escolher o curso é garantir um emprego, saiba que há dezenas em Portugal sem registo de desempregados. A escolha é grande e passa pelas áreas da saúde, educação e engenharias.
Em Portugal, há 68 cursos e mestrados integrados sem registo de desempregados no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), mais cinco formações do que no ano anterior.
Os dados, disponíveis no portal Infocursos, revelam a percentagem de recém-diplomados registados como desempregados, mas não especificam se encontraram trabalho na área em que se formaram.
A taxa de desemprego, apresentada pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), teve em consideração os diplomados entre os anos letivos de 2015/16 e 2018/19, apresentado uma média e não apenas os valores de um ano letivo.
Quais são os cursos com menos desempregados?
Entre os 68 cursos com desemprego zero, mais de metade são lecionados em universidades e politécnicos públicos.
Um total de 29 são lecionados em instituições de ensino privado, onde se destaca a Universidade Católica Portuguesa, com oito cursos, entre eles Teologia, Psicologia, Conservação e Restauro e Estudos Portugueses e Espanhóis, com todos os 562 recém-diplomados a trabalhar.
Quanto ao ensino público, a Universidade de Lisboa destaca-se com nove cursos na lista, entre eles Medicina, Arquitetura e cinco cursos de Engenharia do Instituto Superior Técnico. Os 2.575 alunos que se formaram estão todos a trabalhar.
Os Institutos Politécnicos também marcam presença nesta tabela sem desempregados, com outros nove cursos onde todos os diplomados estão a trabalhar. Destaque para o de Setúbal e do Porto com dois cursos cada, que têm pleno emprego.
Quanto a áreas de formação, há para todos os gostos, desde a já falada Medicina, Enfermagem, Educação Básica, Matemática, Biologia e várias engenharias: Engenharia Informática, Engenheira Física Tecnológica e Engenharia Naval e Oceânica, só para darmos alguns exemplos.
Quais os cursos com mais desempregados?
Do outro lado da tabela, há 62 cursos com uma taxa de desemprego igual ou superior a 10%, entre eles, há cinco que têm mesmo uma taxa superior a 15%.
Trata-se do curso de Serviço Social da Universidade Católica Portuguesa, e os outros quatro são lecionados por Institutos Politécnicos, sendo que três são lecionados no da Guarda.
Quanto a áreas de formação, Serviço Social é uma das licenciaturas que mais se repete com taxas de desemprego elevadas, independentemente da instituição onde é lecionado.
Também Turismo, Solicitadoria, Marketing estão entre os cursos com taxa de desemprego mais elevadas.
O problema do desemprego nem sempre está no curso. Por exemplo, Arquitetura da Universidade de Évora regista uma taxa de desemprego de 10,7%. Entre os 42 diplomados só quatro estão a trabalhar, mas o mesmo curso lecionado na Universidade de Lisboa tem desemprego zero entre os 177 alunos.
O mesmo acontece com o curso de Psicologia, que tirado no Instituto Universitário Egas Moniz ou na Universidade Católica Portuguesa – instituições privadas – tem pleno emprego, enquanto o que é lecionado na Universidade do Minho, entre os 295 licenciados, só 43 conseguiram um emprego.
Fátima Casanova / RR
Foto: Filckr