07.10.2025 –
Entre Alvaiázere, Rio Maior e Guarda, a Polícia Judiciária deteve três mulheres — de 30, 58 e 72 anos — suspeitas de atear vários incêndios florestais que, não fosse a rápida intervenção dos bombeiros, poderiam ter tido consequências devastadoras.

A Polícia Judiciária realizou, entre os dias 4 e 6 de outubro, três detenções em diferentes pontos do Centro do país, no âmbito de investigações distintas sobre crimes de incêndio florestal. As suspeitas, todas do sexo feminino, terão recorrido a métodos rudimentares — desde isqueiros e acendalhas até à chama direta sobre combustíveis vegetais — para iniciar os fogos.

🔥 Funcionária de junta de freguesia detida em Alvaiázere
No primeiro caso, a Diretoria do Centro da PJ, em colaboração com o Grupo de Redução de Ignições do Centro Litoral e o SEPNA da GNR de Pombal e de Leiria, deteve uma mulher de 58 anos, funcionária de uma junta de freguesia, suspeita de provocar um incêndio numa área florestal do concelho de Alvaiázere.
O fogo, que consumiu cerca de 3.500 m² de eucalipto, pinheiro bravo, carvalho e mato, foi travado a tempo graças à rápida resposta dos bombeiros. A detida exercia, entre outras, funções de sapadora florestal — o que confere ao caso um caráter ainda mais grave.
🔥 Dois incêndios num só dia em Rio Maior
No dia seguinte, a PJ de Leiria, com apoio da GNR de Rio Maior, deteve uma mulher de 30 anos, suspeita de provocar dois incêndios florestais na União de Freguesias de São João da Ribeira e Ribeira de São João.
Segundo a investigação, os fogos foram ateados com chama direta sobre o mato e eucaliptos, em local isolado e de fácil acesso. A suspeita, com antecedentes por crimes contra o património e ofensas à integridade física, agiu num quadro de dependência de álcool e drogas e surtos psicóticos frequentes.

🔥 Nove fogos provocados por septuagenária na Guarda
Já no dia 6, a PJ da Guarda, com o apoio do Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural, deteve uma mulher de 72 anos, presumível autora de nove incêndios florestais ocorridos entre julho e agosto, na zona de Outeiro de São Miguel.
Os fogos foram provocados durante a noite, num período de risco máximo de incêndio, e só não assumiram maiores proporções devido à pronta atuação das equipas de combate e vigilância, que chegaram a usar extintores para travar as chamas até à chegada dos bombeiros.
Em todos os casos, as mulheres foram presentes às autoridades judiciais competentes para aplicação das medidas de coação. As investigações continuam sob direção do Ministério Público.
Jornal Mira Online
Fonte: Polícia Judiciária





