Washington prepara passagem de poder

A tomada de posse de Joe Biden, esta quarta-feira, vai ser diferente de todas as anteriores. Muitas tradições mantém-se, mas muita coisa muda. Apenas cerca de mil convidados em vez das habituais duzentas mil pessoas que assistem à cerimónia e uma segurança apertadíssima.

A pandemia, por um lado, e o medo da repetição da violência a que se assistiu no dia 6, com a invasão do capitólio, faz com que tudo este ano seja diferente.

Na Alameda do Capitólio, milhares de bandeiras dos Estados Unidos foram espalhadas onde antes costumava ficar o público. Representam os mais de 400 mil norte-americanos que já morreram vítimas da Covid-19. Washington está praticamente em confinamento, à medida que se ultimam os preparativos.

Os reforços de segurança chegam de lugares como Nova Iorque. A polícia nova-iorquina mandou 200 agentes para participar nas operações.

A invasão do dia 6 é um cenário que ninguém quer ver repetido. Um novo vídeo, publicado pela revista New Yorker, mostra novos pormenores dos acontecimentos, com os manifestantes a vasculhar as secretárias de congressistas e a fotografar documentos.

Cerca de 25 mil membros da guarda nacional vão ser a espinha dorsal do dispositivo de segurança acionado. O FBI emitiu um alerta de ameaça interna, que obriga a atenção redobrada. Todos os 50 estados estão em alerta para possíveis protestos violentos.

Longe de Washington vai estar Donald Trump, primeiro presidente em mais de um século a não assistir à cerimónia de posse do sucessor. Trump e a mulher Melania vão estar na Florida, a tratar da mudança para a nova residência permanente do casal, na estância de Mar-a-Lago.

Euronews 

Direitos de autor  Alex Brandon/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved