Vitória de Guimarães vai ter miniestádio de 2.500 lugares na academia

O Vitória de Guimarães, da I Liga portuguesa de futebol, vai transformar um dos campos da sua academia num miniestádio com 2.500 lugares, confirmou hoje à Lusa um dos vice-presidentes do clube, Pedro Vinagreiro.

Depois de ter anunciado a obra aos sócios presentes na mais recente assembleia-geral do emblema minhoto, decorrida no sábado, o responsável pelas infraestruturas vitorianas esclareceu à Lusa que o projeto é uma “adaptação” do campo número 5, estando previstas a colocação de cadeiras e de coberturas nas duas bancadas existentes e a construção de novos balneários.

“As bancadas serão cobertas e serão feitos novos acessos. No edifício de apoio, haverá uma nova área administrativa para a formação. Vai ser aumentado o número de balneários para seis. Os que existem serão todos remodelados”, adiantou.

O Vitória, acrescentou Pedro Vinagreiro, espera “avançar [com a obra] no primeiro semestre de 2021”, já que o “projeto de licenciamento”, através do qual se pode obter a licença para a construção junto da Câmara Municipal de Guimarães, está “praticamente concluído”.

O miniestádio, realçou ainda o dirigente, é a obra “mais significativa” da direção presidida Miguel Pinto Lisboa no mandato que vigora até 2022, por se assumir como “uma nova casa para a formação”, e por estar previsto que lá joguem as equipas B, atualmente no Campeonato de Portugal, e sub-23, da Liga Revelação.

A expectativa é que joguem lá as equipas B e sub-23. Estão a jogar numa infraestrutura municipal, a Pista de Atletismo Gémeos Castro. Queremos essas equipas a jogar dentro de portas. Daí a concretização do miniestádio, a infraestrutura exigida para esse tipo de competições”, disse.

O vice-presidente vitoriano esclareceu ainda que a infraestrutura, para ser “considerada miniestádio” segundo a lei, precisa “de uma tribuna, de uma sala de conferências, de um gabinete de imprensa e de uma sala antidoping”.

Pedro Vinagreiro disse ainda ser “prematuro avançar os valores” relativos à intervenção, mesmo já existindo uma estimativa de custos.

Além do miniestádio, o Vitória de Guimarães quer construir um novo complexo de treinos para albergar a equipa principal, a equipa B e a sub-23, bem como os plantéis sub-19 e sub-17, mantendo os escalões masculinos mais jovens e as formações femininas na academia que possui, adiantou o responsável.

Juntamente com a autarquia, o clube já está a identificar “possíveis locais” para construir uma academia com seis hectares, que tenha margem de crescimento.

“A nossa expectativa é a de que os seis hectares sirvam, mas com uma bolsa de terreno próxima que nos permita crescer. A ideia é começarmos pelos seis, com a possibilidade de crescer para os 10”, explicou, referindo ainda que o processo vai ser “consolidado” durante o mandato.

Além do futebol, o clube conta ainda com 1344 atletas em outras 14 modalidades e vai dispor de um pavilhão para treino, contíguo ao pavilhão da Escola EB 2 e 3 João de Meira, a cerca de 200 metros da academia, após a autarquia ter rejeitado a construção desse edifício no terreno das antigas piscinas do clube, destinado a um futuro equipamento municipal, disse ainda Pedro Vinagreiro.

Lusa