Último troço da Rede Ciclável Urbana de Cantanhede está em construção

A construção da Rede Ciclável Urbana de Cantanhede foi retomada no troço compreendido entre a Rua dos Bombeiros Voluntários e a zona escolar, designadamente na Rua Dr. Lino Cardoso. O traçado tem continuidade em alguns dos percursos do Parque Verde de S. Mateus já dimensionados para o efeito, estendendo-se ao longo da envolvente do Parque Municipal de Ténis e das Piscinas Municipais, local onde se reparte em dois trajetos, um que termina na proximidade da Rotunda dos Lions, outro que irá prolongar-se até ao tribunal junto ao designado Caminho das Oliveiras.

É assim que, para concluir a execução do pavimento, falta apenas aplicar tapete num pequeno troço da Rua João de Ruão, nas imediações da Zona Industrial, seguindo-se depois os trabalhos de pintura e a colocação de sinalética vertical e horizontal, para que a empreitada seja encerrada.

Adjudicada pela Câmara Municipal por 460.058 euros, a Rede Ciclável Urbana de Cantanhede tem uma extensão de 7,5 Km, tendo sido concebida para gerar fluxos de mobilidade em bicicleta no núcleo urbano da cidade e deste para áreas que registam maior afluência diária de residentes, designadamente através das ligações à zona da Escola Secundária Lima de Faria, EB 2,3 Marquês de Marialva e Centro Escolar, bem como a vários locais do forte polo empregador centrado na zona industrial e Biocant Park.

Trata-se de um investimento estruturante inscrito no PEDU – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Cantanhede, no âmbito do qual conta com uma comparticipação comunitária de 85% dos custos elegíveis, nos termos da candidatura aprovada para o efeito pelo Portugal 2020. O projeto contempla, numa fase posterior, mais cerca de 5 Km de ciclovia, perspetivando-se ainda, a médio prazo, a possibilidade de a estender a outros lugares.

O objetivo é preparar Cantanhede para os desafios da mobilidade sustentável, criando condições para generalizar o uso da bicicleta, promovendo por essa via a substituição do automóvel nos movimentos pendulares dos residentes, até porque a cidade se caracteriza por uma orografia bastante plana, o que a torna especialmente convidativa para o uso de velocípedes.  O trajeto foi concebido para servir áreas residenciais, de modo a proporcionar ao maior número possível de pessoas para a utilização da bicicleta nas deslocações diárias entre casa e trabalho ou entre casa e escola, havendo também alguns troços propícios para passeios de recreio ativo.

Na elaboração do projeto analisaram-se devidamente as condicionantes existentes nas diversas zonas abrangidas e, em função os objetivos estabelecidos pela Câmara Municipal, foram adotados critérios habitualmente usados em obras análogas, de forma a acautelar as melhores condições de segurança para os utilizadores e a conseguir um bom efeito estético ao nível do enquadramento urbano do percurso.

No geral, o perfil transversal é de 2,5 m de largura, contíguo ao passeio, acautelando boas condições de convivência em segurança entre ciclistas e peões. Em alguns locais pontuais foi necessário adotar um perfil transversal diferente, nomeadamente quando o terreno não permitiu a implementação da ciclovia e do passeio de forma individualizada, tendo-se optado neste caso por um perfil de 3 m de largura, com passeio partilhado nos dois sentidos definidos para os ciclistas.