Trump sugere dar armas aos professores para proteger os alunos

O Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou-se esta quarta-feira favorável a armar professores nas escolas, para proteger os alunos em caso de ataque similar ao de Parkland.

Os professores teriam a arma dissimulada e seguiriam uma formação prévia, adiantou Trump, sem anunciar uma decisão definitiva sobre este polémico assunto.

A ideia foi avançada quando prometia tomar medidas “fortes” de verificação dos antecedentes criminais e mentais dos compradores de armas, ao receber na Casa Branca sobreviventes do tiroteio que provocou 17 mortos na semana passada num liceu da Florida.

“Vamos ser muito fortes na verificação dos antecedentes”, declarou Donald Trump.

Por seu lado, uma jovem aluna do liceu de Parkland, na Florida, pediu-lhe que “tomasse boas decisões” para que uma tragédia destas não se repetisse.

Na quarta-feira, Donald Trump dedicou-se a uma sessão de escuta das famílias particularmente emotiva, durante a qual foi interpelado por amigos dos adolescentes mortos em Parkland, um dos quais em lágrimas, e por pais devastados.

“O 11 de setembro aconteceu uma vez e os problemas foram resolvidos. Quantas escolas, quantas crianças devem ainda cair sob as balas?”, perguntou Andrew Pollack, cuja filha de 18 anos, Meadow, foi morta no liceu Marjory Stoneman Douglas na passada quarta-feira.

“A minha filha, nunca mais a vou ver. Ela já cá não está. Ela já cá não está. Ela está em North Lauderdale, no cemitério King David. É lá que hoje vou ver a minha filha. Enquanto país, falhámos na proteção dos nossos filhos. Isto não deveria ocorrer. Quando vou apanhar um avião, não posso levar uma garrafa de água, mas deixamos uma besta entrar numa escola e atacar os nossos filhos”, declarou.

Na quarta-feira da semana passada, um jovem de 19 anos, entrou no liceu Stoneman Douglas, de onde tinha sido expulso, e matou 17 pessoas, alunos e professores, com uma arma semiautomática comprada legalmente, apesar dos seus antecedentes psiquiátricos e de um alerta feito à polícia federal (FBI, na sigla em inglês).

DN com Lusa