Região de Leiria reclama ação ao Governo para abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil

As Câmaras Municipais de Leiria e da Marinha Grande, as Comunidades Intermunicipais da Região de Leiria e do Oeste, o Turismo do Centro de Portugal, o Politécnico de Leiria, a NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria, a ACISO – Associação Empresarial Ourém-Fátima e o Gabinete Económico e Social da Região de Leiria tornaram público na passada sexta-feira uma posição conjunta em que consideram estarem reunidas todas as condições para a criação de um aeroporto civil na Base Aérea de Monte Real.

Esta posição resulta de uma reunião ocorrida quinta-feira, 11 de março, no contexto dos recentes desenvolvimentos em torno do processo de construção de um novo aeroporto de Lisboa e do trabalho que está a ser desenvolvido em defesa da abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil.

Os signatários realçam que a adaptação desta infraestrutura pode ser concretizada no curto prazo, preparando, desse modo, uma resposta rápida para a retoma do turismo nacional e servindo como unidade de apoio ao Aeroporto Humberto Delgado até à construção de um novo Aeroporto.

O investimento, destacam, é de cerca de 20 milhões de euros, ao qual deve acrescer a criação de acessibilidades, um montante valor infinitamente menor do que outros investimentos aeroportuários em discussão, sendo de 1,3% do montante necessário para o Aeroporto no Montijo e 0,26% no caso de Alcochete.

No documento, os representantes das instituições participantes no encontro consideram que, face ao atual contexto pandémico e suas repercussões futuras, do ponto de vista do enquadramento turístico, os destinos com as características da região Centro estão na linha da frente da procura e das tendências internacionais”, solicitando ao Governo que dê seguimento aos compromissos assumidos relativamente a Monte Real, considerando este investimento como “estratégico para o desenvolvimento da Região Centro, que tem sido privada, nas últimas décadas, de relevante investimento público, e para a correção das assimetrias do país”.

Recordando as palavras do Primeiro-Ministro num evento em Leiria em que considerou a abertura da base Aérea à aviação civil é justa e necessária, os signatários do documento defendem que o Governo deve assumir a concretização de um estudo com o objetivo de clarificar a viabilidade da operação civil, de modo a assegurar o alinhamento entre o interesse de participação de stakeholders e as condições necessárias ao sucesso da solução.

“Este estudo deverá formalizar o interesse da Força Aérea no alargamento ao tráfego civil e respetivas condições de utilização da base. O Governo deverá garantir o apoio político necessário à viabilização do projeto, quantificando o investimento a ser concretizado”, referem, manifestando “total disponibilidade para colaborar no processo tendente à abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação Civil, nomeadamente no que diz respeito a diligências junto do setor privado para captação de investimento”.

No documento referem ainda que a abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil é uma janela de oportunidade para a região e para o país com um impacte estruturante no futuro do desenvolvimento económico da Região Centro e de Portugal.