Reabertura do “Museu da Pedra” é enorme mais-valia para a cultura regional

A Câmara de Cantanhede aproveitou o tempo pandémico para dar uma nova face a um Museu que mostra uma (bela) história de séculos, da região.

De uma parceria com o Museu Nacional de Machado de Castro, nasceu ao fim da tarde de Sábado, 24 de Julho, a Exposição “Coimbra / Cantanhede – Relações esculpidas em Pedra” que dignifica, sobremaneira, a cultura local e regional. Com peças de infinitos tamanhos e formas, a história fica marcada de maneira inegavelmente bela, com  séculos que vão do XII ao XVII, a serem descortinados em forma de pedras esculpidas e trabalhadas de forma brilhante por artistas que vinham de longe, sabedores que eram, da fama de dimensão internacional, da Pedra de Ançã.

Helena Teodósio, Presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, aproveitou o momento para dar conta de que o “projeto que promoverá a transformação digital” do Museu da Pedra, “está integralmente aprovado”. 

A autarca definiu como alguns dos objetivos do projeto, “alcançar uma maior partilha do conhecimento, para além da igualdade e a inclusão de todos”, uma vez que “será um experiência marcante” pois a futura realidade do Museu da Pedra irá contemplar “visitas virtuais e interativas com mapas personalizados, fotos e vídeos em 3D”. A edil cantanhedense reconhece que o sistema a ser implnatado “abrirá novos horizontes” dado que “o acesso online permitirá uma maior divulgação do museu e, contribuindo para isso, terá a presença da língua gestual portuguesa, o que irá ampliar ainda mais, o leque de opções para todos os que queiram visitar remotamente o espaço do Museu”. O projeto custará cinquenta e cinco mil euros, sendo comparticipado em trinta e dois mil, trezentos e quarenta e quatro euros.

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Exposição Fotográfica “Fases de Isolamento”, do Fotógrafo João Carlos

Para além de visitar a exposição das esculturas em pedra, quem comparecer ao espaço do Museu da Pedra poderá ver, nos próximos dias, uma exposição fotográfica que está na ordem do dia.

João Carlos, fotógrafo nascido em New York e artista designado para o prémio fotógrafo do ano tem uma ala exclusivamente entregue às verdadeiras obras de arte que são as suas quinze fotos, ali expostas.

Tendo como temas, as profundas sensações causadas pela pandemia, João Carlos retratou e expõe na cidade de Cantanhede, “o abandono, a raiva, a frustração, a aceitação…” derivadas de uma enorme mudança na vida de cada um por conta de um vírus que apareceu e não tem prazo para desaparecer, frealizando uma mudança radical na história atual da humanide que, certamente, estará retratada nos manuais escolares vindouros. O que os manuais não irão conseguir, é retratar de forma tão fiel, toda a panóplia de sentimentos que se vive desde há ano e meio… como João Carlos conseguiu fazer, através de uma objetiva sempre pronta a mostrar para a posteridade aquilo que vai na alma de cada um, através das feições dos rostos e dos corpos contraídos das imagens.

Que fique bem claro: vale mesmo a pena ir ao renovado Museu da Pedra. O que ali está é a história feita a séculos e aquela que está a ser construída no dia de hoje e da qual todos fazemos parte…

Jornal Mira Online