RAUL ALMEIDA: “Os números crescem e é preciso coragem para tomar medidas”

O Comunicado da Câmara é claro: Há 33 casos confirmados no território mirense e o autarca estabelece um paralelo com a situação local, com a nacional…

“O Município de Mira informa que, de acordo com os dados prestados pela Delegada de Saúde, o concelho conta, no momento, com 24 casos ativos de COVID-19.
Relembramos que a responsabilidade individual de cada um de nós na luta contra a pandemia é fundamental para ultrapassar esta situação difícil.
✅ Use Máscara
✅ Higienize as Mãos com Frequência
✅ Respeite a Etiqueta Respiratória
✅ Respeite a Distância de Segurança
Cuide de si, cuide de todos!”

Raul Almeida expressa preocupação pelo que está a se passar em Portugal e na Europa

Jornal Mira Online contactou o Presidente da Câmara Municipal de Mira, Raul Almeida, no sentido de saber do autarca, qual a sua impressão para o crescimento dos números no Concelho.

“Para dizer a verdade, é um crescimento exponencial que, claro, nos preocupa… mas, é um crescimento que se vê a acontecer por todo o país”.

Afirmando “não servir de consolo para nós, os números preocupantes em Portugal e por toda a Europa”, o autarca deixa claro a sua opinião com o que está a acontecer: “estamos num momento decisivo onde, antes de tudo, é necessário haver coragem na tomada de decisões”.

O Governo deve tomar, rapidamente, medidas mais duras que levem a um controlo eficaz da doença, antes que vejamos, nos próximos tempos, as coisas bem piores do que estão agora”, diz.

Confessando sentir “enorme preocupação com as consequências para as pessoas, a economia e o país” caso seja necessário avançar-se para um segundo confinamento, Raul Almeida afirma que “concordaria plenamente com um recolher obrigatório, por exemplo, entre as 22:00 e as 06:00 horas da manhã” que, na sua opinião, “seria uma decisão que tiraria as pessoas das ruas num horário menos penalizador para a economia”.

A encerrar, Raul Almeida afirma “desconhecer as medidas que o Governo virá a tomá-las em breve, mas, qualquer atitude impactante que seja tomada no atual contexto será benéfica de alguma forma, para que aconteça uma estabilização dos números, visto que os próprios Hospitais começam a ficar saturados e já vemos regiões como a do Grande Porto a procurarem tomar medidas que minimizem a situação”.

Mira, claro está, não fica alheia a esta segunda vaga da pandemia. A preocupação, desta forma, deve ser, em primeiro lugar, de cada cidadão e, depois, de todos os decisores políticos que se vêem frente a frente com a necessidade urgente de reverter a situação o quanto antes.

Francisco Ferra / Jornal Mira Online