“Portugal continua a ser um dos países onde as famílias têm mais dificuldade em manter a casa quente”

·         CentroAdapt coloca em análise o “Conforto Ambiental e Eficiência Energética de Edifícios”

·         Formação tem lugar no próximo dia 7 de Janeiro, pelas 14h30 na Incubadora de empresas da Figueira da    Foz

·         Inscrição é gratuita mas obrigatória em www.centroadapt.com/inscricoes

O Conforto Ambiental e a Eficiência Energética dos Edifícios é o tema central de mais uma formação do CentroAdapt – Centro de vanguarda em adaptações às alterações climáticas, que se realiza no próximo dia 7 de Janeiro, pelas 14h30, na Incubadora de empresas da Figueira da Foz.

 A relação entre pessoas, clima e edifícios está na base deste encontro que reúne investigadores da Universidade de Coimbra. Na base desta formação estarão, entre outros temas, o conforto térmico dos edifícios, que é definido pela American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers, como o estado de espírito que expressa satisfação com o ambiente térmico.

Segundo Manuel Carlos Gameiro da Silva, Professor e Investigador da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial, «atendendo aos últimos dados do Eurostat, acreditamos que Portugal continua a ser um dos países onde as famílias têm mais dificuldade em manter a casa quente. Com o mercado imobiliário em forte expansão, seja através da construção de novos edifícios ou recuperação dos existentes, é fundamental levar a cabo sérias políticas de avaliação do conforto térmico dos edifícios, de modo a fomentar um maior desempenho ambiental e energético dos mesmos».    

Os edifícios de habitação são hoje responsáveis por cerca de 30% do consumo final de energia, pelo que é urgente investir na renovação de edifícios para obtenção de melhor conforto térmico e melhor desempenho energético. «Em Portugal, ainda que o conforto térmico esteja muito relacionado com o tipo de casa e de construção, há que não esquecer outras variantes como seja o clima a até as condições económicas das famílias que acabam por condicionar a aquisição de equipamentos e a reabilitação das próprias casas» esclarece Diogo Mateus, Professor e investigador do Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Engenharia.

Para João Carlos Marques, responsável pelo CentroAdapt, «as alterações climáticas constituem uma ameaça global para os ecossistemas naturais e humanos a nível ambiental, social e económico. Implementar estratégias concertadas e sustentáveis para mitigar os seus efeitos e potenciar a adaptação a um clima em mudança, constitui uma prioridade a curto prazo. Neste sentido, o CentroAdapt assume o papel de facilitador de informação entre a academia e as empresas/entidades, estimulando a potencial definição de necessidades dos agentes e a procura de alternativas para os desafios futuros face às mudanças climáticas».